Hadlima 40mg solução injetavel com 2 seringas preenchidas de 0,8ml
  • Hadlima 40mg solução injetavel com 2 seringas preenchidas de 0,8ml

Hadlima 40mg solução injetavel com 2 seringas preenchidas de 0,8ml

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Hadlima® (adalimumabe) é indicado para o tratamento da artrite reumatoide grave, ativa e progressiva em pacientes não tratados com metotrexato previamente.
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DETALHES DO PRODUTO

HADLIMA 40MGSOLUÇÃO INJETAVÉL COM  2 SERINGAS PREENCHIDAS DE  0,8ML 

  • Adalimumabe 


  • APRESENTAÇÃO

    Solução injetável 50 mg/mL (40 mg/0,8 mL)

    Embalagem contendo duas canetas preenchidas de dose única*, cada uma contendo 0,8 mL de solução injetável com 40 mg de adalimumabe.

    * Caneta – consiste em uma seringa preenchida de dose única descartável (sistema autoinjetor).

    Via subcutânea.

    Uso adulto e pediátrico acima de 06 anos.


    COMPOSIÇÃO

    Cada seringa preenchida/caneta preenchida contém:

    Adalimumabe40 mg
    Excipientes q.s.p0,8 mL

    Excipientes: citrato de sódio di-hidratado, ácido cítrico monoidratado, histidina cloridrato de histidina monoidratado, sorbitol, polissorbato 20 e água para injetáveis.


    PARA QUE HADLIMA É INDICADO?

    Este medicamento é indicado ao tratamento de:

    Adultos

    Artrite Reumatoide

    Hadlima® (adalimumabe) é indicado para reduzir os sinais e sintomas, induzir uma resposta clínica e remissão clínica maior, inibir a progressão dos danos estruturais e melhorar a capacidade física em pacientes adultos com artrite reumatoide ativa de intensidade moderada a grave que apresentaram resposta inadequada a uma ou mais drogas antirreumáticas modificadoras do curso da doença (DMARD).

    Hadlima® (adalimumabe) é indicado para o tratamento da artrite reumatoide grave, ativa e progressiva em pacientes não tratados com metotrexato previamente.

    Hadlima® (adalimumabe) pode ser utilizado isoladamente ou em combinação com metotrexato ou outra DMARD.

    Artrite Psoriásica

    Hadlima® (adalimumabe) é indicado para reduzir os sinais e sintomas da artrite psoriásica.

    Hadlima® (adalimumabe) pode ser utilizado isoladamente ou em combinação a drogas antirreumáticas modificadoras do curso da doença (DMARD).

    Espondiloartrite Axial
    Espondilite Anquilosante (EA)

    Hadlima® (adalimumabe) é indicado para o tratamento da espondilite anquilosante ativa em pacientes que responderam inadequadamente à terapia convencional.

    Espondiloartrite axial não radiográfica (espondiloartrite axial sem evidência radiográfica de EA)

    Hadlima® (adalimumabe) é indicado para o tratamento de pacientes adultos com espondiloartrite axial grave sem evidência radiográfica de EA que possuam sinais objetivos de inflamação (PCR elevada e/ou ressonância magnética) e que responderam inadequadamente ou que sejam intolerantes aos medicamentos anti-inflamatórios não esteroidais.

    Doença de Crohn

    Hadlima® (adalimumabe) é indicado para reduzir sinais e sintomas, induzir e manter a remissão clínica em pacientes adultos com doença de Crohn ativa de intensidade moderada a grave que apresentaram resposta inadequada à terapia convencional. Hadlima® (adalimumabe) também é indicado para reduzir sinais e sintomas e induzir remissão clínica em pacientes que passaram a não responder ou que são intolerantes ao infliximabe.

    Colite Ulcerativa ou Retocolite Ulcerativa

    Hadlima® (adalimumabe) é indicado para o tratamento da colite ulcerativa ou retocolite ulcerativa ativa moderada a grave em pacientes adultos que apresentaram uma resposta inadequada à terapia convencional incluindo corticosteroides e/ou 6-mercaptopurina (6- MP) ou azatioprina (AZA), ou em pacientes que são intolerantes ou contraindicados para estas terapias.

    Hadlima® (adalimumabe) induz e mantém a cicatrização da mucosa nestes pacientes, reduz a hospitalização relacionada com a doença e suas causas e melhora a qualidade de vida. O uso de corticosteroide pode ser reduzido ou descontinuado.

    Psoríase

    Hadlima® (adalimumabe) é indicado para o tratamento de psoríase em placas crônica moderada a grave em pacientes adultos que têm indicação de terapia sistêmica.

    Hidradenite Supurativa

    Hadlima® (adalimumabe) é indicado para reduzir os sinais e sintomas de hidradenite supurativa ativa moderada a grave em pacientes adultos, nos quais a terapia antibiótica foi inadequada, incluindo o tratamento de lesões inflamatórias e prevenção do agravamento de abscessos e fístulas.

    Uveíte

    Hadlima® (adalimumabe) é indicado para o tratamento de uveíte não infecciosa intermediária, posterior ou pan-uveíte, em pacientes adultos que tenham resposta inadequada ao uso de corticosteroides, que necessitem de redução/retirada de corticosteroides (corticosteroid-sparing) ou nos pacientes nos quais o uso de corticosteroides é inapropriado.

    Pediátricos

    Artrite Idiopática Juvenil Poliarticular

    Hadlima® (adalimumabe) em combinação com metotrexato é indicado para reduzir os sinais e sintomas da artrite idiopática juvenil poliarticular ativa moderada a grave em pacientes pediátricos acima de 06 anos de idade que apresentaram resposta inadequada a pelo menos um DMARD. Hadlima® (adalimumabe) pode ser utilizado em monoterapia naqueles indivíduos intolerantes ao metotrexato ou quando o uso concomitante com metotrexato é inapropriado.

    Artrite relacionada à Entesite

    Hadlima® (adalimumabe) é indicado para o tratamento de artrite relacionada à entesite em pacientes pediátricos acima de 06 anos que apresentaram uma resposta inadequada ou que são intolerantes à terapia convencional.

    Doença de Crohn Pediátrica

    Hadlima® (adalimumabe) é indicado para reduzir sinais e sintomas, induzir e manter a remissão clínica em pacientes pediátricos a partir de 06 anos com doença de Crohn ativa de intensidade moderada a grave que apresentaram resposta inadequada à terapia convencional.

    Uveíte Pediátrica

    Hadlima® (adalimumabe) é indicado para o tratamento de uveíte não infecciosa, anterior, crônica, em pacientes pediátricos com 06 anos de idade ou mais, que apresentaram uma resposta inadequada ou que são intolerantes à terapia convencional, ou quando a terapia convencional é inapropriada.


    COMO HADLIMA FUNCIONA?

    Hadlima® (adalimumabe) é um medicamento que diminui o processo inflamatório.

    O princípio ativo de Hadlima® (adalimumabe) é um anticorpo monoclonal totalmente humano, produzido através de cultura celular. Os anticorpos monoclonais são proteínas que reconhecem e se ligam especificamente a outras proteínas. Hadlima® (adalimumabe) liga-se a uma proteína específica, o Fator de Necrose Tumoral Alfa ou TNF- α, que está presente em altos níveis em doenças inflamatórias como artrite reumatoide, artrite idiopática juvenil poliarticular, artrite psoriásica, espondilite anquilosante, espondiloartrite axial não radiográfica, doença de Crohn, colite ulcerativa ou retocolite ulcerativa, psoríase, hidradenite supurativa, uveíte e artrite relacionada à entesite.

    O que é Artrite Reumatoide?

    Artrite reumatoide é uma doença inflamatória das articulações.

    O que é Artrite Psoriásica?

    Artrite psoriásica é uma doença inflamatória das articulações associada com psoríase.

    O que é Espondiloartrite Axial?

    Espondiloartrite axial (EpA axial) é um grupo de doenças que engloba a espondiloartrite axial não radiográfica (EpAax-nr) e a espondilite anquilosante (EA). Ocorre inflamação crônica de origem autoimune preferencialmente na coluna vertebral e nas articulações da bacia. Na EpAaxnr há inflamação nesses locais sem alteração de EA na radiografia.

    O que é Espondilite Anquilosante?

    Espondilite anquilosante é uma doença inflamatória da coluna vertebral com alteração na radiografia da bacia e coluna vertebral.

    O que é Doença de Crohn?

    Doença de Crohn é uma doença inflamatória e crônica do trato gastrointestinal.

    O que é Colite Ulcerativa ou Retocolite Ulcerativa?

    Colite ulcerativa ou retocolite ulcerativa é uma doença inflamatória e crônica do cólon e reto (intestino grosso).

    O que é Psoríase em Placas?

    Psoríase é uma doença inflamatória da pele.

    O que é Psoríase Ungueal?

    Psoríase ungueal é uma manifestação inflamatória e dolorosa da psoríase, que afeta as unhas dos dedos das mãos e/ou dos pés.

    O que é Uveíte?

    Uveíte é uma doença inflamatória dos olhos, localizada no trato uveal, que é formado pela íris, corpo ciliar e a coroide (parte vascular do olho, situada próximo à retina).

    O que é Artrite Idiopática Juvenil Poliarticular?

    Artrite idiopática juvenil poliarticular é uma doença inflamatória das articulações que ocorre em crianças.

    O que é Hidradenite Supurativa?

    Hidradenite supurativa é uma doença inflamatória da pele geralmente manifestada com lesões dolorosas, profundas e inflamadas nas regiões axilar, inguinal e anogenital.

    O que é Artrite relacionada à Entesite?

    Artrite relacionada à entesite é uma doença inflamatória das articulações, especificamente do ponto em que o tendão muscular se liga ao osso.

    Hadlima® (adalimumabe) é um medicamento de uso crônico e as concentrações farmacológicas são atingidas após a primeira dose.

    Seu médico dará a orientação necessária com relação ao tempo médio estimado para o início da ação terapêutica do medicamento.


    QUAIS AS CONTRAINDICAÇÕES DE HADLIMA?

    Não use Hadlima® (adalimumabe) se você for alérgico ao adalimumabe ou a qualquer outro componente da fórmula.

    Hadlima® (adalimumabe) é contraindicado para uso em pacientes com tuberculose ativa ou outras infecções graves, nomeadamente, sepse e infecções oportunistas.

    Hadlima® (adalimumabe) é contraindicado para uso em pacientes com insuficiência cardíaca moderada a grave (classe III/IV da NYHA).


    COMO USAR HADLIMA?

    A aplicação de Hadlima® (adalimumabe) pode ser feita pelo próprio paciente ou seu responsável se o médico considerar apropriado e sob orientação médica. Nesses casos, o paciente e/ou seu responsável devem receber treinamento adequado para o correto manuseio do produto no momento da aplicação.

    Hadlima® (adalimumabe) deve ser injetado sob a pele (injeção subcutânea). Você pode aplicar Hadlima® (adalimumabe) sozinho (autoaplicação) ou solicitar que outra pessoa que recebeu treinamento adequado ou seu médico aplique Hadlima® (adalimumabe) para você. Você deverá utilizar Hadlima® (adalimumabe) por todo o período indicado por seu médico.

    As seguintes instruções explicam como aplicar Hadlima® (adalimumabe). Leia atentamente as instruções e siga-as passo a passo. Você deverá ser instruído por seu médico quanto à técnica correta de autoaplicação. Não aplique o medicamento até que você tenha segurança de que compreendeu corretamente as instruções. Os locais da autoaplicação são as coxas ou abdômen.

    Os locais de injeção devem ser alternados a cada aplicação. As novas injeções nunca devem ser administradas em áreas onde a pele estiver sensível, ferida, avermelhada ou áspera.

    Este medicamento não deve ser misturado a outros medicamentos na mesma seringa.

    A solução injetável deve ser inspecionada visualmente para verificar a presença de partículas ou alterações de coloração antes de ser administrada. Se partículas ou alteração de coloração forem observadas, o produto não deve ser utilizado. Hadlima® (adalimumabe) não contém conservantes e, portanto, o material não utilizado que permanecer na seringa deve ser adequadamente descartado.

    Instruções para uso de Hadlima® (adalimumabe) seringa preenchida de dose única

    As seguintes instruções são para o preparo e administração de Hadlima® (adalimumabe) usando a seringa preenchida de dose única. Leia as instruções para uso antes de iniciar a utilização de Hadlima® (adalimumabe).

    Sua seringa preenchida de dose única

    Após pressionar o êmbolo até o final, a agulha irá se retrair, evitando lesão pela picada da agulha.

    Passo 1: Preparação para a aplicação

    • Coloque a seringa e os lenços umedecidos com álcool em uma superfície limpa e seca.
    • Lembre-se de lavar as mãos.
    • Não remova a tampa ainda.

    Passo 2: Aguarde de 15 a 30 minutos

    • Aguarde de 15 a 30 minutos até que a seringa atinja a temperatura ambiente, o que irá ajudar a reduzir a dor durante a injeção.
    • Não remova a tampa ainda.

    Passo 3: Verifique a medicação e a data de validade

    • Certifique-se que a sua medicação esteja límpida, livre de partículas e que não esteja vencida.
    • Você pode observar 1 ou mais bolhas de ar, mas isso é normal. Não há razão para removê-las.
    • Não remova a tampa ainda.

    Passo 4: Escolha o local de aplicação e limpe a pele

    • Escolha um local para injeção no seu corpo.
    • Seu Abdômen ou coxas são os melhores locais.
    • Limpe sua pele no local da injeção com um lenço umedecido com álcool.
    • Evite locais com a pele dolorida, ferida, cicatrizada, escamosa ou com manchas vermelhas.

    Passo 5: Retire a tampa da agulha

    • Remova cuidadosamente a tampa da agulha.

    Passo 6: Belisque a pele e insira a agulha

    • Belisque gentilmente a sua pele e insira a agulha até o final.

    Passo 7: Pressione o êmbolo até o final

    • Segure a seringa com firmeza e pressione o êmbolo até o final.
    • Então levante seu polegar para que a agulha se retraia para o corpo da seringa.

    Passo 8: Remova e descarte a seringa

    • Remova a seringa da sua pele.
    • Confirme que a agulha está retraída e descarte a seringa e a descarte em um recipiente específico para objetos cortantes.

    Instruções para uso de Hadlima® (adalimumabe) PushTouch® caneta preenchida de dose única

    As seguintes instruções são para o preparo e administração de Hadlima® PushTouch® usando a caneta preenchida de dose única. Leia as instruções para uso antes de iniciar a utilização de Hadlima® PushTouch®.

    Sua caneta preenchida de dose única

    Não há nenhum botão na caneta preenchida. A agulha fica escondida abaixo da base verde.

    Quando você pressionar o dispositivo firmemente contra sua pele, a injeção será iniciada automaticamente.

    Passo 1: Preparação para a aplicação

    • Coloque a caneta e os lenços umedecidos com álcool em uma superfície limpa e seca.
    • Lembre-se de lavar as mãos.
    • Não remova a tampa ainda.

    Passo 2: Aguarde de 15 a 30 minutos

    • Aguarde de 15 a 30 minutos até que a caneta atinja a temperatura ambiente, o que irá ajudar a reduzir a dor durante a injeção.
    • Não remova a tampa ainda.

    Passo 3: Verifique a medicação e a data de validade

    • Sempre certifique-se que a sua medicação esteja límpida, livre de partículas e que não esteja vencida.
    • Você pode observar 1 ou mais bolhas de ar, mas isso é normal.
    • Não remova a tampa ainda.

    Passo 4: Escolha o local de aplicação e limpe a pele

    • Escolha um local para injeção no seu corpo.
    • Seu Abdômen ou coxas são os melhores locais.
    • Limpe sua pele no local da injeção com um lenço umedecido com álcool.
    • Evite locais com a pele dolorida, ferida, cicatrizada, escamosa ou com manchas vermelhas.

    Passo 5: Retire a tampa clara da agulha

    • Remova cuidadosamente a tampa da agulha com um centro metálico da caneta preenchida.

    Passo 6: Posicione a base verde, pressione para baixo e segure

    • Posicione a base verde junto à sua pele, então pressione a caneta para baixo com firmeza para que a injeção se inicie.
    • Quando você pressionar para baixo, a injeção se iniciará.
    • Você poderá ouvir um primeiro “click”.

    Passo 7: Continue segurando

    • Segure a caneta preenchida contra sua pele até que o indicador amarelo cubra a janela da medicação e pare de se mover.
    • Após vários segundos você poderá ouvir um Segundo “click”.

    Passo 8: Confirme a aplicação e descarte a caneta

    • Confirme que toda a janela da medicação está amarela.
    • Descarte a caneta em um recipiente específico para objetos cortantes.

    Posologia do Hadlima

    Hadlima® (adalimumabe) é um medicamento de uso crônico e a duração do tratamento será de acordo com cada paciente. O seu médico indicará a duração do tratamento.

    O limite máximo diário de administração de adalimumabe não foi determinado em humanos.

    Adultos

    Artrite Reumatoide

    A dose recomendada de Hadlima® (adalimumabe) para pacientes adultos é de 40 mg de solução injetável, administradas em dose única por via subcutânea, a cada 14 dias.

    O tratamento com metotrexato, glicocorticoides, salicilatos, anti-inflamatórios não esteroidais, analgésicos ou outras drogas antirreumáticas modificadoras do curso da doença (DMARDs) pode ser mantido durante o tratamento com Hadlima® (adalimumabe).

    Alguns pacientes não tratados concomitantemente com metotrexato podem obter benefício adicional com o aumento da frequência da administração de Hadlima® (adalimumabe) para 40 mg uma vez por semana.

    Os dados clínicos disponíveis para artrite reumatoide sugerem que a resposta clínica normalmente é alcançada dentro de 12 semanas de tratamento. A continuação da terapia deve ser cuidadosamente reconsiderada se o paciente não responder ao tratamento dentro deste período.

    Artrite Psoriásica

    A dose recomendada de Hadlima® (adalimumabe) para pacientes adultos é de 40 mg de solução injetável, administradas em dose única por via subcutânea, a cada 14 dias.

    O tratamento com metotrexato, glicocorticoides, salicilatos, anti-inflamatórios não esteroidais, analgésicos ou outras drogas antirreumáticas modificadoras do curso da doença (DMARDs) pode ser mantido durante o tratamento com Hadlima® (adalimumabe).

    Espondiloartrite Axial (Espondilite Anquilosante e Espondiloartrite Axial Não Radiográfica)

    A dose recomendada de Hadlima® (adalimumabe) para pacientes adultos é de 40 mg de solução injetável, administradas em dose única por via subcutânea, a cada 14 dias. O tratamento com metotrexato, glicocorticoides, salicilatos, anti-inflamatórios não esteroidais, analgésicos ou outras drogas antirreumáticas modificadoras do curso da doença (DMARDs) pode ser mantido durante o tratamento com Hadlima® (adalimumabe).

    Os dados disponíveis sugerem que a resposta clínica é geralmente obtida após 12 semanas de tratamento. A continuação do tratamento deve ser cuidadosamente considerada quando o paciente não responder durante este período de tempo.

    Doença de Crohn

    A dose recomendada de Hadlima® (adalimumabe) para pacientes adultos com doença de Crohn é:
    • Início do tratamento - Semana 0: 160 mg por via subcutânea (a dose pode ser administrada em quatro injeções em um dia ou duas injeções por dia por dois dias consecutivos);
    • Semana 2: 80 mg por via subcutânea (a dose deve ser administrada em duas injeções no mesmo dia);
    • Manutenção do tratamento: a partir da Semana 4, 40 mg de solução injetável a cada 14 dias por via subcutânea.

    O tratamento com corticosteroides, aminosalicilatos e/ou agentes imunomoduladores (6- mercaptopurina e azatioprina) pode ser mantido durante o tratamento com Hadlima® (adalimumabe).

    Alguns pacientes podem necessitar de um aumento na frequência da dose de manutenção de Hadlima® (adalimumabe) para 40 mg de solução injetável por semana.

    Os pacientes que não responderem ao tratamento até a Semana 4 podem continuar com a manutenção do tratamento até a Semana 12. Se não houver resposta neste período, a continuação da terapia deve ser cuidadosamente reconsiderada.

    Durante a manutenção do tratamento, corticosteroides podem ser reduzidos em conformidade às diretrizes de prática clínica.

    Colite Ulcerativa ou Retocolite Ulcerativa

    A dose de indução recomendada de Hadlima® (adalimumabe) para pacientes adultos com colite ulcerativa ou retocolite ulcerativa ativa moderada a grave é:
    • Início do tratamento - Semana 0: 160 mg por via subcutânea (a dose pode ser administrada em quatro injeções em um dia ou duas injeções por dia por dois dias consecutivos);
    • Semana 2: 80 mg por via subcutânea (a dose deve ser administrada em duas injeções no mesmo dia);
    • Manutenção do tratamento: 40 mg a cada 14 dias por via subcutânea. O tratamento com aminosalicilatos, corticosteroides e/ou agentes imunomoduladores (6-mercaptopurina e azatioprina) pode ser mantido durante o tratamento com Hadlima® (adalimumabe).

    Durante a manutenção do tratamento, corticosteroides podem ser reduzidos em conformidade às diretrizes de prática clínica.

    Alguns pacientes que sofreram diminuição na resposta podem se beneficiar com um aumento na frequência da dose de manutenção de Hadlima® (adalimumabe) para 40 mg de solução injetável por semana.

    Dados disponíveis sugerem que a resposta clínica é normalmente alcançada entre 2 a 8 semanas de tratamento. Hadlima® (adalimumabe) só deve ser mantido em pacientes que tiveram resposta nas primeiras 8 semanas de tratamento.

    Psoríase em Placas

    A dose inicial recomendada de Hadlima® (adalimumabe) em pacientes adultos é de 80 mg administrada por via subcutânea, seguida de 40 mg em semanas alternadas, uma semana após a dose inicial.

    Uma terapia continuada para além de 16 semanas deve ser cuidadosamente reconsiderada em pacientes que não responderam dentro deste período de tempo.

    Após 16 semanas de tratamento, os pacientes que não apresentem uma resposta adequada podem se beneficiar de um aumento da frequência de dose para 40 mg por semana. Os benefícios e riscos do tratamento continuado com Hadlima® (adalimumabe) semanal deverão ser cuidadosamente considerados em pacientes com uma resposta inadequada após o aumento da frequência de dose. Se for obtida uma resposta adequada com o aumento da frequência de dose, esta pode ser reduzida, subsequentemente, para 40 mg em semanas alternadas.

    Hidradenite Supurativa

    O esquema posológico recomendado de Hadlima® (adalimumabe) para pacientes adultos com hidradenite supurativa (HS) é de 160 mg inicialmente, no Dia 01 (administradas em quatro injeções de 40 mg em um dia OU em duas injeções de 40 mg por dia durante dois dias consecutivos), seguidas de 80 mg duas semanas depois, no Dia 15 (administradas em duas injeções de 40 mg em um dia). Duas semanas depois (Dia 29), continuar com uma dose de 40 mg por semana.

    Caso necessário, o uso de antibióticos pode ser continuado durante o tratamento com Hadlima® (adalimumabe). No caso de interrupção do tratamento, Hadlima® (adalimumabe) pode ser reintroduzido. Em pacientes sem qualquer benefício após 12 semanas de tratamento, a continuação da terapia deve ser reconsiderada.

    Uveíte

    A posologia recomendada de Hadlima® (adalimumabe) para pacientes adultos com uveíte é de uma dose inicial de 80 mg por via subcutânea (duas injeções), seguida de doses de 40 mg por via subcutânea administradas em semanas alternadas, começando na semana seguinte à dose inicial.

    Hadlima® (adalimumabe) pode ser administrado sozinho ou em combinação com corticoides, que podem ser ajustados pelo seu médico e de acordo com as práticas clínicas, ou outros agentes imunomoduladores não biológicos.

    Pediátricos

    Hadlima® está disponível apenas como seringa preenchida de 40 mg e caneta preenchida. Assim, não é possível administrar Hadlima® em pacientes pediátricos que requerem menos que uma dose total de 40 mg. Se for necessária uma dose alternativa, outros produtos de adalimumabe que ofereçam essa opção devem ser utilizados.

    Artrite Idiopática Juvenil Poliarticular

    A dose recomendada de adalimumabe para pacientes com artrite idiopática juvenil poliarticular a partir de 02 anos é baseada no peso corporal conforme apresentado na tabela a seguir. Caso necessário, o uso de metotrexato, glicocorticóides, drogas antirreumáticas modificadoras do curso da doença (DMARDs), e/ou analgésicos podem ser continuados durante o tratamento com adalimumabe.

    Tabela 1. Dose de adalimumabe em Pacientes com Artrite Idiopática Juvenil Poliarticular

    Peso do PacienteDose
    10 kg a < 30 kg-
    ≥ 30 kg40 mg (0,8 mL), por via subcutânea, a cada 14 dias

    - Não aplicável, Hadlima® está disponível apenas como seringa preenchida e caneta preenchida de 40 mg, portanto, pacientes pediátricos que requeiram doses menores que 40 mg devem receber a administração de outro produto com dose adequada.

    Os dados disponíveis sugerem que a resposta clínica é geralmente alcançada com 12 semanas de tratamento. A continuação do tratamento deve ser cuidadosamente reconsiderada em pacientes que não responderam dentro deste período de tempo.

    Não há uso relevante de adalimumabe em crianças menores que 02 anos de idade para esta indicação.

    Artrite relacionada à Entesite

    A dose recomendada de Hadlima® (adalimumabe) para pacientes pediátricos acima de 06 anos com artrite relacionada à entesite é baseada no peso corporal conforme apresentado na tabela a seguir.

    Tabela 2. Dose de adalimumabe em Pacientes com Artrite relacionada à Entesite

    Peso do PacienteDose
    15 kg a < 30 kg-
    ≥ 30 kg40 mg (0,8 mL), por via subcutânea, a cada 14 dias

    - Não aplicável, Hadlima® está disponível apenas como seringa preenchida e caneta preenchida de 40 mg, portanto, pacientes pediátricos que requeiram doses menores que 40 mg devem receber a administração de outro produto com dose adequada.

    O adalimumabe não foi estudado em crianças com artrite relacionada à entesite com idade menor que 06 anos.

    Doença de Crohn Pediátrica

    A dose recomendada de Hadlima® (adalimumabe) para pacientes pediátricos com 06 anos ou mais com doença de Crohn é baseada no peso corporal conforme tabela seguir. Hadlima® (adalimumabe) deve ser administrado por injeção subcutânea.

    Tabela 3. Dose de adalimumabe em Pacientes Pediátricos com Doença de Crohn 

    Peso do PacienteDose InicialDose de Manutenção inicia-se na Semana 4 (Dia 29)
    < 40 kg--
    ≥ 40 kg160 mg (Dia 01) e 80 mg (Dia 15)40 mg (0,8 mL), por via subcutânea, a cada 14 dias

    - Não aplicável, Hadlima® está disponível apenas como seringa preenchida e caneta preenchida de 40 mg, portanto, pacientes pediátricos que requeiram doses menores que 40 mg devem receber a administração de outro produto com dose adequada.

    Alguns pacientes podem beneficiar-se de um aumento na frequência da dose de manutenção de Hadlima® (adalimumabe) para uma dose por semana se houver um agravamento da doença ou se obtiverem uma resposta inadequada durante a dose de manutenção.

    O adalimumabe não foi estudado em crianças com doença de Crohn com idade menor que 06 anos.

    Uveíte Pediátrica

    A dose recomendada de Hadlima® (adalimumabe) para pacientes com uveíte não infecciosa anterior crônica, com 06 anos de idade ou mais, baseia-se no peso, como é mostrado na tabela a seguir.

    Hadlima® (adalimumabe) deve ser administrado por injeção subcutânea.

    Na uveíte pediátrica, não existe experiência de utilização de adalimumabe sem tratamento concomitante com metotrexato.

    Tabela 4. Dose de adalimumabe para Pacientes Pediátricos com Uveíte

    Peso do PacienteDose
    < 30 kg-
    ≥ 30 kg40 mg (0,8 mL), por via subcutânea, a cada 14 dias em combinação com metotrexato

    - Não aplicável, Hadlima® está disponível apenas como seringa preenchida e caneta preenchida de 40 mg, portanto, pacientes pediátricos que requeiram doses menores que 40 mg devem receber a administração de outro produto com dose adequada. 

    Quando se inicia o tratamento com adalimumabe, pode ser considerada a administração de uma dose de ataque 80 mg para pacientes com ≥ 30 kg, uma semana antes do início do tratamento de manutenção. Não existem dados clínicos relevantes sobre a utilização de uma dose de ataque de adalimumabe em crianças < 06 anos de idade.

    Não existem dados clínicos relevantes de adalimumabe em crianças com menos de 02 anos de idade nesta indicação.

    Recomenda-se que o risco-benefício do tratamento continuado a longo prazo seja avaliado anualmente pelo médico especialista.

    Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.

    O que devo fazer quando me esquecer de usar o Hadlima?

    Se você esquecer de tomar a injeção, aplique a próxima dose assim que se lembrar. A dose seguinte à dose esquecida deve ser aplicada seguindo o esquema original de administração (como se você não tivesse esquecido de uma dose).

    Em caso de dúvidas, procure orientação do farmacêutico ou de seu médico, ou cirurgião-dentista.

    Quais cuidados devo ter ao usar o Hadlima?

    Com o objetivo de melhorar a rastreabilidade de produtos biológicos, o nome comercial e o lote do medicamento utilizado devem ser registrados.

    Infecções

    Se você tiver alguma infecção, inclusive infecções crônicas ou localizadas, consulte seu médico antes de iniciar o tratamento com Hadlima® (adalimumabe), pois o tratamento com este produto não deve ser iniciado em pacientes com infecções ativas até que sejam controladas. Em caso de dúvida, consulte seu médico.

    Durante o tratamento com adalimumabe, você pode adquirir infecções com mais facilidade.

    Informe seu médico o quanto antes se você apresentar sintomas como febre, ferimentos, cansaço excessivo ou problemas dentários. Como outros inibidores de TNF, infecções graves devido a bactérias, micobactérias, infecções fúngicas invasivas (histoplasmose disseminada ou extrapulmonar, aspergilose, coccidioidomicose), infecções virais [como pneumonia, pielonefrite (infecção do trato urinário), artrite séptica (doença infecciosa das articulações) e septicemia (infecção disseminada através da corrente sanguínea)], casos de tuberculose e infecções oportunistas [como candidíase (infecção causada pelo fungo Candida albicans), listeriose (infecção provocada pela bactéria Listeria monocytogenes), legionelose (forma de pneumonia atípica causada pela bactéria Legionella pneumophila) e pneumocistose (infecção causada pelo fungo Pneumocystis jiroveci)] foram relatados em pacientes tratados com adalimumabe.

    Foram relatados casos de tuberculose, incluindo reativação e nova manifestação de tuberculose, em pacientes recebendo adalimumabe. Os relatos incluíram casos de tuberculose pulmonar e extrapulmonar (ou seja, disseminada). Seu médico verificará se você apresenta sinais ou sintomas de tuberculose antes do início do tratamento. Para isto, será necessário seu histórico médico, uma radiografia do tórax e teste de tuberculina (PPD).

    É muito importante que você diga a seu médico se você já teve tuberculose ou se você já teve ou tem contato muito próximo com alguém que tem ou já teve tuberculose. Se sintomas de tuberculose (tosse persistente, perda de peso, cansaço excessivo, febre, apatia) ou qualquer outra infecção aparecerem durante e após o tratamento com Hadlima® (adalimumabe), avise seu médico imediatamente.

    Se a tuberculose ativa for diagnosticada, o tratamento com Hadlima® (adalimumabe) não deve ser iniciado.

    Se for diagnosticada tuberculose latente, antes que o tratamento com Hadlima® (adalimumabe) seja iniciado, deve-se iniciar a profilaxia antituberculose apropriada.

    Avise seu médico se você apresentar histórico de infecções recorrentes ou outras condições que aumentem o risco de contrair uma infecção.

    Outras Infecções Oportunistas

    Infecções oportunistas, incluindo infecções fúngicas invasivas, foram observadas em pacientes que receberam adalimumabe. Pacientes que usam bloqueadores de TNF são mais suscetíveis a infecções fúngicas graves, tais como histoplasmose, coccidioidomicose, blastomicose, aspergilose, candidíase e outras infecções oportunistas. Caso você tenha febre, mal-estar, perda de peso, sudorese (suor excessivo), tosse, dispneia (falta de ar) e/ou infiltrados pulmonares, ou outras doenças sistêmicas graves, você deve imediatamente procurar o seu médico para uma avaliação diagnóstica.

    Para pacientes que residam ou viajem para regiões onde micoses são endêmicas, deve-se suspeitar de infecções fúngicas invasivas se eles desenvolverem sinais e sintomas de possível infecção fúngica sistêmica. Pacientes que desenvolvem uma infecção fúngica grave devem ser advertidos a interromper o uso de bloqueadores de TNF até que a infecção seja controlada.

    Reativação da Hepatite B

    O uso de inibidores de TNF foi associado à reativação do vírus da hepatite B (HBV) em pacientes portadores crônicos deste vírus, sendo em alguns casos fatal. A maioria destes relatos ocorreu em pacientes que receberam concomitantemente outros medicamentos supressores do sistema imunológico, que também podem contribuir para a reativação do HBV. Pacientes com risco de contrair infecção por HBV devem ser avaliados pelo médico, quanto à evidência prévia de infecção por HBV, antes do início do tratamento com inibidores de TNF. Avise seu médico caso você seja portador do vírus da hepatite B. Pacientes portadores deste vírus e que requeiram terapia com inibidores de TNF devem ser cuidadosamente monitorados quanto a sinais e sintomas da infecção ativa por HBV durante a terapia e por vários meses após o término da mesma. Seu médico deverá suspender o uso de Hadlima® (adalimumabe) caso você desenvolva a reativação do vírus HBV. Neste caso, seu médico deverá iniciar terapia antiviral adequada.

    Eventos Neurológicos

    Os antagonistas de TNF, incluindo adalimumabe, foram associados, em raros casos, com nova manifestação ou exacerbação de sintomas clínicos e/ou evidência radiológica de doença desmielinizante do sistema nervoso central (doença do sistema nervoso central na qual a bainha de mielina dos neurônios é danificada), incluindo esclerose múltipla (doença neurológica crônica), neurite óptica (inflamação do nervo óptico) e doença desmielinizante periférica incluindo Síndrome de Guillain-Barré. Se você tiver esclerose múltipla ou qualquer outra doença do sistema nervoso em que a bainha de mielina dos neurônios é danificada, seu médico decidirá se você deve ou não receber Hadlima® (adalimumabe). No caso de alguma destas desordens, procure seu médico para mais informações sobre a continuidade do tratamento com Hadlima® (adalimumabe).

    Existe uma associação conhecida entre a uveíte intermediária e as doenças desmielinizantes do sistema nervoso central. A avaliação neurológica deve ser efetuada em pacientes que apresentem uveíte intermediária não infecciosa antes do início do tratamento com Hadlima® (adalimumabe) e regularmente durante o tratamento, para avaliação de doenças desmielinizantes do sistema nervoso central preexistentes ou em desenvolvimento.

    Malignidades

    Seu médico deverá monitorá-lo quanto ao desenvolvimento de linfomas e outras malignidades.

    Em partes controladas de estudos clínicos com antagonistas de TNF, foi observado maior número de casos de malignidades, incluindo linfoma, entre os pacientes que receberam antagonistas de TNF do que entre os pacientes-controle. O tamanho do grupo controle e a duração limitada das partes controladas dos estudos não permitem chegar a conclusões concretas. Além disso, há maior risco de linfoma em pacientes com artrite reumatoide com doença inflamatória de longa duração, altamente ativa, o que complica a estimativa do risco. Durante os estudos abertos de longa duração com adalimumabe, a taxa total de malignidades foi similar ao que seria esperado para idade, sexo e raça na população geral. Com o conhecimento atual, um possível risco para o desenvolvimento dos linfomas ou outras malignidades nos pacientes tratados com um antagonista de TNF não pode ser excluído.

    Malignidades, algumas fatais, foram relatadas entre crianças e adolescentes que foram tratados com agentes bloqueadores de TNF. A maioria dos pacientes estava tomando concomitantemente imunossupressores.

    Casos muito raros de linfoma hepatoesplênico de células T, um raro e agressivo linfoma que é frequentemente fatal, foram identificados em pacientes recebendo adalimumabe. A maioria dos pacientes foi previamente tratada com infliximabe e também recebeu terapia concomitante com azatioprina ou 6-mercaptopurina para doença inflamatória intestinal. O risco potencial com a combinação de azatioprina ou 6-mercaptopurina e Hadlima® (adalimumabe) deve ser cuidadosamente considerado pelo médico. A associação causal entre este tipo de linfoma e adalimumabe não está clara.

    Nenhum estudo foi conduzido incluindo pacientes com histórico de malignidade ou pacientes que continuaram o tratamento após o diagnóstico de malignidade durante o tratamento com adalimumabe. Assim, deve-se ter cautela adicional ao se considerar o tratamento com Hadlima® (adalimumabe) nestes pacientes.

    Todos os pacientes, em particular pacientes com histórico médico de extensa terapia imunossupressora ou pacientes com psoríase com histórico de tratamento com PUVA, devem ser examinados para a presença de câncer de pele não-melanoma antes e durante o tratamento com Hadlima® (adalimumabe).

    Casos de leucemia aguda e crônica foram relatados em associação com o uso de agentes bloqueadores de TNF em artrite reumatoide e outras indicações. Pacientes com artrite reumatoide podem estar expostos a um risco maior (até 2 vezes) do que a população geral para o desenvolvimento de leucemia, mesmo na ausência de terapia de bloqueador de TNF.

    Com os dados disponíveis no momento não é sabido se o tratamento com adalimumabe influencia o risco de desenvolvimento de displasia ou câncer de cólon. Todos os pacientes com colite ulcerativa ou retocolite ulcerativa que têm risco aumentado para displasias ou carcinoma (câncer) de cólon (por exemplo, pacientes com colite ulcerativa ou retocolite ulcerativa de longa data ou colangite esclerosante primária), ou que tiveram uma história prévia de displasia ou carcinoma de cólon devem ser examinados para displasia em intervalos regulares antes da terapia e durante o curso da doença. Esta avaliação deve incluir colonoscopia e biópsias conforme recomendações locais.

    Em um ensaio clínico exploratório realizado para avaliar o uso de um outro antagonista de TNF, infliximabe, em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), moderada a grave, foram notificadas mais doenças malignas, principalmente nos pulmões ou cabeça e pescoço, no grupo de pacientes tratados com infliximabe do que no grupo de pacientes-controle. Todos os pacientes tinham antecedentes de tabagismo intenso. Assim, devem ser tomadas precauções quando for usado um antagonista de TNF em pacientes com DPOC, bem como em pacientes com risco aumentado de doenças malignas devido a tabagismo intenso.

    Reações Alérgicas

    Durante estudos clínicos, reações alérgicas graves associadas ao uso de adalimumabe foram raramente observadas. Relatos de reações alérgicas graves, incluindo reação anafilática, foram recebidos após o uso de adalimumabe. Se você apresentar reações alérgicas, tais como dificuldade para respirar, respiração ofegante, vertigens, inchaço ou erupções na pele, interrompa a aplicação de Hadlima® (adalimumabe) e procure seu médico imediatamente.

    Alterações Hematológicas

    Alterações na constituição do sangue foram raramente observadas com o uso de agentes bloqueadores de TNF. No entanto, caso você desenvolva sinais ou sintomas sugestivos de alterações hematológicas (por exemplo, febre persistente, manchas na pele, sangramento, palidez) durante o uso de Hadlima® (adalimumabe), procure o seu médico imediatamente.

    A descontinuação da terapia com Hadlima® (adalimumabe) deve ser considerada em pacientes com normalidades hematológicas significativas confirmadas.

    Administração concomitante de DMARDs ou antagonista de TNF

    Infecções graves foram observadas em estudos clínicos com o uso simultâneo de anacinra e outro antagonista de TNF, etanercepte, sem benefício clínico adicional comparado com etanercepte isoladamente.

    Considerando-se a natureza dos eventos adversos observados na terapia combinada de etanercepte e anacinra, toxicidades similares podem também resultar da combinação de anacinra e outros antagonistas de TNF. Portanto, a combinação de adalimumabe e anacinra não é recomendada. Informe o seu médico caso você esteja fazendo uso de medicamentos à base de anacinra.

    Informe seu médico se você está fazendo uso de outra DMARD (por exemplo, anacinra e abatacepte) ou outros antagonistas de TNF, pois a administração combinada de adalimumabe com esses medicamentos não é recomendada por aumentar o risco de infecções e outras interações farmacológicas potenciais.

    Imunossupressão

    Em um estudo com pacientes com artrite reumatoide, tratados com adalimumabe, não houve evidência de diminuição da hipersensibilidade do tipo retardada, diminuição dos níveis de imunoglobulinas ou alterações na contagem de células T, B e NK, monócitos/macrófagos e neutrófilos (células de defesa).

    Vacinações

    Os pacientes em tratamento com adalimumabe podem receber vacinações simultâneas, com exceção das vacinas vivas.

    Se possível, recomenda-se que os pacientes com artrite idiopática juvenil poliarticular estejam com todas as vacinas em dia antes de iniciar o tratamento com Hadlima® (adalimumabe).

    Não é recomendado que crianças que foram expostas ao Hadlima® (adalimumabe) no útero da mãe recebam vacinas vivas por até 05 meses após a última injeção de Hadlima® (adalimumabe) administrada à mãe durante a gravidez.

    Insuficiência Cardíaca Congestiva

    Adalimumabe não foi formalmente estudado em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC – incapacidade do coração de bombear o sangue em quantidade suficiente para o corpo).

    Hadlima® (adalimumabe) deve ser utilizado com precaução em pacientes com insuficiência cardíaca leve (classe I/II da NYHA). Hadlima® (adalimumabe) está contraindicado para insuficiência cardíaca moderada a grave.

    O tratamento com Hadlima® (adalimumabe) deve ser interrompido em pacientes que desenvolvam novos sintomas ou agravamento dos sintomas de insuficiência cardíaca congestiva (incapacidade do coração de bombear o sangue em quantidade suficiente para o corpo).

    Doenças Autoimunes

    Seu médico deverá monitorá-lo quanto ao aparecimento de doenças autoimunes. O impacto de um tratamento prolongado com Hadlima® (adalimumabe) no desenvolvimento de doenças autoimunes é desconhecido.

    Se um paciente desenvolver sintomas que sugiram Síndrome lúpus-símile durante o tratamento com Hadlima® (adalimumabe), o tratamento deve ser descontinuado.

    Cirurgia

    A experiência existente, em termos de segurança de intervenções cirúrgicas em pacientes tratados com adalimumabe, é limitada. A meia-vida longa de adalimumabe deve ser levada em consideração se for planejada uma intervenção cirúrgica. Um paciente que requeira cirurgia durante o tratamento com Hadlima® (adalimumabe) deve ser cuidadosamente monitorado para infecções, e ações apropriadas devem ser tomadas.

    Capacidade de dirigir veículos e operar máquinas

    Adalimumabe pode ter uma pequena influência na capacidade de dirigir veículos e operar máquinas. Após a administração de Hadlima® (adalimumabe) podem ocorrer vertigens e alterações da acuidade visual.


    QUAIS AS REAÇÕES ADVERSAS E EFEITOS COLATERAIS DO HADLIMA?

    Reações adversas durante os estudos clínicos

    Estudos clínicos em pacientes demonstraram as seguintes reações adversas por órgão de sistema e por frequência, relacionadas ao tratamento com Hadlima® (adalimumabe).

    Infestações e infecções*

    • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): infecções no trato respiratório (incluindo infecção do trato respiratório inferior e superior, pneumonia, sinusite, faringite, nasofaringite e pneumonia por herpes viral).
    • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): infecções sistêmicas (incluindo sepse, candidíase e influenza), infecções intestinais [incluindo gastroenterite viral (inflamação do estômago e intestinos causada por uma infecção viral)], infecções de pele e tecidos moles [incluindo paroníquia (infecção da pele que rodeia a unha), celulite, impetigo (infecção cutânea superficial), fasciíte necrosante (infecção bacteriana destrutiva e rapidamente progressiva do tecido subcutâneo e fáscia superficial) e herpes zoster], infecções de ouvido, infecções orais (incluindo herpes simples, herpes oral e infecção dentária), infecções do trato reprodutivo (incluindo infecção vulvo vaginal micótica), infecção do trato urinário [incluindo pielonefrite (infecção que atinge os rins)], infecções fúngicas e infecções articulares.
    • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): infecções oportunistas e tuberculose [incluindo coccidioidomicose e histoplasmose (doenças pulmonares causadas por um tipo de fungo) e infecção por complexo Mycobacterium avium], infecções neurológicas (incluindo meningite viral), infecções dos olhos e infecções bacterianas.

    Neoplasias benignas, malignas e inespecíficas (incluindo cistos e pólipos)*

    • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): neoplasia benigna (crescimento anormal e benigno de células), câncer de pele não-melanoma (incluindo carcinoma de pele basocelular e carcinoma de pele de células escamosas).
    • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): linfoma** (tipo de câncer que atinge o sistema linfático), neoplasia de órgãos sólidos (incluindo câncer de mamas, pulmonar e de tireoide), melanoma** (tipo de câncer de pele).

    Alterações no sistema sanguíneo e linfático*

    • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): leucopenia (redução no número de leucócitos no sangue) [incluindo neutropenia (redução dos neutrófilos no sangue) e agranulocitose (diminuição ou ausência de granulócitos)], anemia.
    • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): trombocitopenia (redução do número de plaquetas no sangue), leucocitose (aumento no número de glóbulos brancos - células de defesa do corpo).
    • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): púrpura trombocitopênica idiopática (diminuição do número das plaquetas no sangue).
    • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): pancitopenia (diminuição global de elementos celulares do sangue).

    Alterações no sistema imune*

    • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): hipersensibilidade e alergia (incluindo alergia sazonal).

    Alterações no metabolismo e nutrição

    • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): aumento de lipídeos no sangue.
    • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): hipocalemia (baixa concentração de potássio no sangue), aumento do ácido úrico, quantidade anormal de sódio no sangue, hipocalcemia (baixa concentração de cálcio no sangue), hiperglicemia (aumento de glicose no sangue), hipofosfatemia (baixa quantidade de fósforo no sangue), desidratação.

    Alterações psiquiátricas

    • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): alterações de humor (incluindo depressão), ansiedade, insônia.

    Alterações no sistema nervoso*

    • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): dor de cabeça.
    • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): parestesia (sensações cutâneas, sensações de frio, calor, formigamento etc) incluindo hipoestesia (diminuição da sensibilidade), enxaqueca, compressão de raiz nervosa (inflamação do nervo ciático).
    • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): tremor, neuropatia (doença do sistema nervoso).
    • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): esclerose múltipla (doença neurológica crônica).

    Alterações visuais

    • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): distúrbio visual, conjuntivite (inflamação da conjuntiva ocular), blefarite (inflamação das pálpebras), inchaço dos olhos.
    • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): diplopia (visão dupla).

    Alterações no ouvido e labirinto

    • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): vertigem.
    • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): surdez, tinido.

    Alterações cardíacas*

    • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): taquicardia (aumento da frequência cardíaca).
    • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): arritmia (ritmo anormal dos batimentos cardíacos), insuficiência cardíaca congestiva (incapacidade do coração de bombear o sangue para o corpo em quantidade suficiente).
    • Reação rara (ocorre entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento): parada cardíaca.

    Alterações vasculares

    • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): hematoma, hipertensão (aumento da pressão arterial sanguínea), rubor (vermelhidão).
    • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): oclusão arterial vascular (obstrução de uma artéria), tromboflebite (coágulo e inflamação de uma veia), aneurisma aórtico (dilatação anormal da artéria aorta).

    Alterações respiratórias, torácicas e do mediastino*

    • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): tosse, asma, dispneia (falta de ar).
    • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumopatia intersticial, pneumonite (inflamação do tecido pulmonar).

    Alterações gastrointestinais

    • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): náusea, vômito, dor abdominal.
    • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): hemorragia gastrointestinal (sangramento no estômago ou intestino), dispepsia (dor ou desconforto localizado na região abdominal), doença do refluxo gastroesofágico, Síndrome Sicca (doença autoimune que prejudica o funcionamento das glândulas provocando secura).
    • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): pancreatite (inflamação do pâncreas), disfagia (dificuldade para engolir alimentos), edema (inchaço) facial.

    Alterações hepatobiliares*

    • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): elevação de enzimas hepáticas.
    • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): colecistite (inflamação da vesícula biliar) e colelitíase (presença de cálculo(s) no interior da vesícula biliar), aumento da bilirrubina, esteatose hepática (fígado gorduroso).

    Alterações na pele e tecido subcutâneo

    • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): rash (incluindo rash esfoliativo).
    • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): prurido (coceira), urticária (alergia de pele), contusões (incluindo púrpura), dermatite (incluindo eczema), onicoclase (unhas quebradiças), hiperidrose (transpiração abundante).
    • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): suores noturnos, manchas.

    Alterações musculoesqueléticas e no tecido conjuntivo

    • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): dor musculoesquelética.
    • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): espasmos musculares (incluindo aumento da creatina fosfoquinase sanguínea).
    • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): rabdomiólise (síndrome resultante de danos na musculatura), lúpus eritematoso sistêmico (doença autoimune inflamatória crônica que pode afetar vários sistemas do organismo incluindo a pele, articulações e órgãos internos).

    Alterações urinárias e renais

    • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): hematúria (perda de sangue pela urina), insuficiência renal.
    • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): noctúria (eliminação de volume anormal de urina durante a noite).

    Alterações no sistema reprodutor e mamas

    • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): disfunção erétil.

    Alterações gerais e no local da aplicação*

    • Reação muito comum (ocorre em mais de 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): reação no local da injeção (incluindo coloração avermelhada no local da injeção).
    • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): dor torácica, edema (inchaço).
    • Reação incomum (ocorre entre 0,1% e 1% dos pacientes que utilizam este medicamento): inflamação.

    Investigações

    • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): alterações da coagulação e distúrbios hemorrágicos (incluindo aumento no tempo de tromboplastina parcial ativada), teste para autoanticorpos positivo (incluindo anticorpo DNA de cadeia dupla), aumento de desidrogenase lática no sangue.

    Ferimentos, envenenamento e complicações durante procedimento

    • Reação comum (ocorre entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento): cicatrização prejudicada.

    * Informações adicionais podem ser encontradas em outras seções desta bula.
    ** Inclui estudos abertos de extensão.

    Uveíte

    O perfil de segurança em pacientes com uveíte não infecciosa tratados com Hadlima® (adalimumabe) foi consistente com o perfil de segurança do produto.

    Hidradenite Supurativa

    O perfil de segurança em pacientes com hidradenite supurativa tratados semanalmente com adalimumabe foi consistente com o perfil de segurança do produto.

    Pacientes Pediátricos

    No geral, as reações adversas em pacientes pediátricos foram similares em frequência e tipo às observadas em pacientes adultos.

    Reação no local de injeção

    Em estudos controlados, realizados em adultos e crianças, 12,9% dos pacientes tratados com adalimumabe desenvolveram reações no local da injeção [eritema e/ou prurido (coceira), hemorragia, dor ou edema], comparados com 7,2% dos pacientes que não receberam o medicamento. A maioria das reações locais foi descrita como leve e não levou à descontinuação do tratamento.

    Infecções

    Em estudos controlados principais, realizados em adultos e crianças, as infecções consistiram principalmente de nasofaringites, infecções de vias aéreas respiratórias superiores e sinusites. A maioria dos pacientes continuou o tratamento com adalimumabe depois do controle da infecção.

    Em estudos controlados e abertos, realizados em adultos e crianças, com adalimumabe, infecções graves (incluindo raros casos fatais) foram reportadas, incluindo casos de tuberculose (inclusive miliar e extrapulmonar) e infecções oportunistas invasivas (por exemplo, histoplasmose disseminada, pneumonia por Pneumocystis carinii, aspergilose e listeriose).

    Autoanticorpos

    Amostras sanguíneas de pacientes foram testadas para autoanticorpos em diversos momentos durante os estudos clínicos para artrite reumatoide. Nestes estudos bem controlados e adequados, 11,9% dos pacientes tratados com adalimumabe e 8,1% de pacientes tratados com placebo e controle ativo que anteriormente tiveram resultado negativo para autoanticorpos reportaram resultados positivos na 24ª semana.

    Dois dos 3989 pacientes tratados com adalimumabe em todos os estudos clínicos para artrite reumatoide, artrite psoriásica e espondilite anquilosante, desenvolveram sinais clínicos sugestivos de novo aparecimento de Síndrome lúpus-símile. Tais pacientes melhoraram após a descontinuação da terapia. Nenhum paciente desenvolveu sintomas do sistema nervoso central ou nefrite associada a lúpus.

    No Estudo AIJ I, os pacientes pediátricos (04-17 anos de idade) tiveram amostras de soro de autoanticorpos coletadas em múltiplos pontos temporais. Pacientes que antes tinham testes basais negativos para anticorpos ds-DNA, no final da fase aberta lead-in (após 16 semanas de adalimumabe) apresentaram testes positivos em 31,8% dos pacientes tratados concomitantemente com metotrexato e 33,7% dos pacientes tratados com adalimumabe em monoterapia.

    No final da fase duplo-cega (após 48 semanas de tratamento), os pacientes em tratamento concomitante com metotrexato, que antes tinham testes basais negativos para anticorpos ds-DNA, apresentaram testes positivos em 54,1% dos pacientes tratados com placebo e 52,6% dos pacientes tratados com adalimumabe. Entre os pacientes não tratados concomitantemente com metotrexato, 32,1% dos pacientes tratados com placebo e 33,3% dos pacientes tratados com adalimumabe) apresentaram testes positivos.

    No Estudo AIJ II, os pacientes pediátricos (02 a < 04 anos de idade) tiveram amostras de soro de autoanticorpos coletadas no baseline e na Semana 24. Neste estudo aberto, 45,2% dos pacientes, que antes apresentaram anticorpos antinucleares negativos, reportaram resultados positivos na Semana 24. Nenhum destes pacientes tinham anticorpos contra ds- DNA.

    Nenhum dos 202 pacientes pediátricos tratados com adalimumabe nos Estudos AIJ I e II desenvolveram sinais clínicos sugestivos de novo aparecimento de Síndrome lúpus-símile.

    O impacto da terapia prolongada com adalimumabe no desenvolvimento de doenças autoimunes é desconhecido.

    Psoríase: novo aparecimento e agravamento

    Casos de novo aparecimento de psoríase, incluindo psoríase pustular e psoríase palmoplantar, e casos de piora de psoríase preexistente foram relatados com o uso de bloqueadores de TNF, incluindo adalimumabe. Muitos desses pacientes estavam usando concomitantemente imunossupressores (isto é, metotrexato, corticosteroides).

    Alguns desses casos necessitaram de hospitalização. A maioria dos pacientes teve uma melhora da psoríase após a descontinuação do bloqueador de TNF. Alguns pacientes passaram por recorrência da psoríase quando iniciados em um diferente bloqueador de TNF. A descontinuação de Hadlima® (adalimumabe) deve ser considerada em casos graves e naqueles em que não há melhora ou até a piora em contrapartida ao tratamento tópico.

    Elevação das enzimas do fígado

    Em estudos controlados com adalimumabe em pacientes com artrite reumatoide e artrite psoriásica, as elevações da enzima aminotransferase (ALT) foram mais comuns nos pacientes tratados com adalimumabe. Uma vez que muitos pacientes nestes estudos também estavam utilizando medicamentos que causam elevações de enzimas hepáticas (por exemplo, AINEs, metotrexato) a relação entre adalimumabe e a elevação das enzimas hepáticas não é clara.

    Em estudos controlados com adalimumabe em pacientes com doença de Crohn, as elevações da ALT ocorreram em igual proporção para os pacientes tratados com adalimumabe e os pacientes tratados com a terapia controle.

    Em estudos controlados com adalimumabe em pacientes com colite ulcerativa ou retocolite ulcerativa, as elevações da ALT foram mais comuns nos pacientes tratados com adalimumabe quando comparados com os pacientes tratados com a terapia controle.

    Em estudos controlados com adalimumabe em pacientes com psoríase em placas, as elevações da ALT ocorreram em igual proporção para os pacientes tratados com adalimumabe e os pacientes tratados com a terapia controle.

    Em estudos controlados com adalimumabe em pacientes com hidradenite supurativa e com a duração do período controle variando entre 12 e 16 semanas, as elevações da ALT foram mais comuns nos pacientes tratados com o controle quando comparados com os pacientes tratados com adalimumabe.

    Em estudos controlados com adalimumabe em pacientes com espondiloartrite axial (espondilite anquilosante e espondiloartrite axial não radiográfica), as elevações da ALT foram mais comuns nos pacientes tratados com adalimumabe quando comparados com os pacientes tratados com a terapia controle.

    Em estudo controlado em pacientes com artrite idiopática juvenil poliarticular de 04 a 17 anos, e pacientes com artrite relacionada à entesite acima de 06 anos, as elevações da ALT foram mais comuns nos pacientes tratados com adalimumabe quando comparados com os pacientes tratados com o controle. A maior elevação da ALT ocorreu durante o uso concomitante de metrotexato.

    Em estudo controlado, pacientes pediátricos tratados com adalimumabe com artrite idiopática juvenil de 02 a 04 anos não apresentaram elevações da ALT.

    Em estudo controlado em pacientes pediátricos tratados com adalimumabe com doença de Crohn, as elevações da ALT ocorreram em 2,6% (5/192) dos pacientes tratados com adalimumabe dos quais 4 receberam imunossupressor concomitantemente no início do estudo.

    Em estudos controlados em pacientes tratados com adalimumabe com uveíte, as elevações de ALT ocorreram em igual proporção para os pacientes tratados com adalimumabe e os pacientes tratados com a terapia controle.

    Nos estudos clínicos, para todas as indicações, as elevações da ALT foram assintomáticas para os pacientes e, na maioria dos casos, estas elevações foram transitórias e resolvidas com a continuação do tratamento. No entanto, houve relatos muito raros na pós- comercialização, como reações hepáticas graves, incluindo insuficiência hepática (diminuição do funcionamento do fígado), em pacientes que receberam bloqueadores de TNF, incluindo adalimumabe. A relação causal com o tratamento de adalimumabe permanece incerta.

    Tratamento concomitante com azatioprina/6-mercaptopurina

    Nos estudos em adultos com doença de Crohn, foi observada uma incidência maior de eventos adversos relacionados às infecções graves e malignas na combinação de adalimumabe e azatioprina/6-mercaptopurina quando comparadas com adalimumabe isoladamente.

    Reações adversas adicionais na vigilância pós-comercialização ou estudos clínicos de Fase IV

    Foram descritos eventos adversos durante o período de comercialização de adalimumabe. Esses eventos são relatados voluntariamente por populações de tamanho incerto, portanto, não é possível estimar com confiança a sua frequência ou estabelecer uma relação causal à exposição de adalimumabe.

    • Infecções e infestações: diverticulite (inflamação dos divertículos presentes no intestino grosso).
    • Neoplasias benignas, malignas e inespecíficas (incluindo cistos e pólipos)*: linfoma hepatoesplênico de células T (tipo de linfoma das células T periféricas, que envolve o fígado e o baço), leucemia (tipo de câncer que atinge os glóbulos brancos), carcinoma de células de Merkel (carcinoma neuroendócrino cutâneo).
    • Alterações do sistema imune*: anafilaxia (reação alérgica sistêmica grave), sarcoidose.
    • Alterações do sistema nervoso*: doenças desmielinizantes (ex.: neurite óptica, Síndrome de Guillain-Barré), acidente vascular cerebral.
    • Alterações respiratórias, torácicas e mediastinais: embolismo pulmonar (obstrução súbita de uma artéria pulmonar), derrame pleural (acumulação de líquido em excesso entre as pleuras), fibrose pulmonar (substituição do tecido pulmonar normal por um tecido de cicatrização).
    • Alterações gastrointestinais*: perfuração intestinal.
    • Alterações hepatobiliares*: reativação da hepatite B, insuficiência hepática (diminuição do funcionamento do fígado), hepatite.
    • Alterações da pele e do tecido subcutâneo: vasculite cutânea, Síndrome de Stevens- Johnson, angioedema (inchaço subcutâneo), novo aparecimento ou piora da psoríase (incluindo psoríase pustular palmoplantar), eritema multiforme (reação imunológica das mucosas e da pele), alopecia (perda de pelos ou cabelo), reação cutânea liquenoide**.
    • Alterações musculoesqueléticas ou do tecido conectivo: Síndrome lúpus-símile (desordem caracterizada pelo aparecimento de erupções cutâneas, dores articulares semelhantes ao lúpus).
    • Alterações cardíacas: infarto do miocárdio.
    • Alterações gerais e condições do local da administração: febre.

    * Informações adicionais podem ser encontradas em outras seções desta bula.
    ** Ocorre em pacientes administrando antagonista de TNF, incluindo adalimumabe.

    Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento.


    POPULAÇÃO ESPECIAL

    Uso em idosos

    A frequência de infecções graves entre pacientes com mais de 65 anos de idade tratados com adalimumabe foi maior do que para os pacientes com menos de 65 anos de idade.

    Não foram observadas diferenças em termos de eficácia entre essa população e a de indivíduos mais jovens. Não é necessário ajuste de dose para esta população. Devido a uma maior incidência de infecções na população idosa em geral, deve-se ter cautela quando do tratamento de pacientes idosos.

    Uso pediátrico

    Adalimumabe não foi estudado em crianças com menos de 02 anos de idade. A segurança e eficácia do medicamento em pacientes pediátricos não foram estabelecidas para outras indicações além da artrite idiopática juvenil (artrite idiopática juvenil poliarticular e artrite relacionada à entesite) e doença de Crohn.

    Insuficiência Renal e Hepática

    Não há dados disponíveis sobre o metabolismo do medicamento em pacientes com insuficiência renal ou hepática.

    Uso na gravidez

    Os resultados de estudos em mulheres grávidas não revelaram evidências de danos fetais decorrentes de adalimumabe. Um estudo realizado em mulheres grávidas, pelo menos durante o primeiro trimestre, não demonstrou diferenças significativas, exceto para o parto prematuro, que é consistente com o impacto das doenças subjacentes no parto prematuro. Não foram notificados natimortos ou neoplasias malignas. Desta forma, os dados não mostram risco aumentado de efeitos adversos na gravidez em mulheres com artrite reumatoide ou Doença de Crohn expostas ao adalimumabe em comparação com mulheres com artrite reumatoide ou Doença de Crohn não expostas ao adalimumabe. Além disso, os dados da vigilância pós-comercialização não estabelecem a presença de um risco associado à droga.

    O adalimumabe pode atravessar a placenta e entrar em contato com recém-nascidos de mulheres tratadas com o produto durante a gravidez. Este medicamento só deve ser usado durante a gravidez quando, na opinião do médico, os benefícios potenciais claramente justificarem os possíveis riscos ao feto. Consequentemente, estas crianças podem estar sob risco de infecção aumentado. A administração de vacinas vivas em recém-nascidos expostos ao adalimumabe no útero não é recomendada por 05 meses após a última injeção na mãe durante a gravidez.

    Consulte seu médico sobre o uso de um método contraceptivo adequado enquanto estiver usando Hadlima® (adalimumabe). Informe seu médico sobre a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término.

    Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista.

    Trabalho de parto e nascimento

    Não existem efeitos conhecidos de adalimumabe sobre o trabalho de parto ou no nascimento.

    Uso na lactação

    Hadlima® (adalimumabe) é excretado no leite humano em concentrações muito baixas. A presença de adalimumabe no leite humano ocorre em concentrações de 0,1% a 1% em soro materno. As imunoglobulinas ingeridas oralmente são degradadas no intestino e têm baixa disponibilidade sistêmica. Dessa forma, os efeitos sistêmicos do adalimumabe em uma criança lactente são improváveis. Os benefícios para o desenvolvimento e para a saúde provenientes da amamentação devem ser considerados juntamente à necessidade clínica da mãe de utilizar o adalimumabe. Devem ser considerados também quaisquer efeitos adversos potenciais sobre a criança lactente causados pelo adalimumabe ou pela condição materna subjacente.

    Carcinogenicidade, mutagenicidade e alterações na fertilidade

    Não foram realizados estudos experimentais de longo prazo para avaliar o potencial carcinogênico ou os efeitos do adalimumabe sobre a fertilidade.

    Não foram observados efeitos clastogênicos ou mutagênicos do adalimumabe em testes específicos.


    O QUE ACONTECE SE TOMAR UMA DOSE MAIOR DO QUE A RECOMENDADA?

    A dose máxima tolerada de adalimumabe não foi determinada em humanos. Nos estudos clínicos não foi observada toxicidade limitada por doses.

    Em caso de superdosagem, recomenda-se que o paciente seja monitorado quanto à presença de sinais ou sintomas de reações adversas, e que o tratamento sintomático e de suporte apropriado seja instituído imediatamente.

    Se você injetar Hadlima® (adalimumabe) acidentalmente mais do que o recomendado, procure seu médico, levando a embalagem do produto, mesmo que esteja vazia.

    Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.


    INTERAÇÕES MEDICAMENTOSA

    QUAIS OS EFEITOS DE TOMAR HADLIMA COM OUTROS MEDICAMENTOS?

    Algumas vacinas, como a vacina oral para poliomielite (com vírus vivos), não devem ser tomadas durante o tratamento com Hadlima® (adalimumabe). Consulte seu médico antes de tomar qualquer vacina.

    Metotrexato

    Adalimumabe foi estudado em pacientes com artrite reumatoide recebendo metotrexato concomitantemente. Os dados não sugerem a necessidade de ajuste de dose para nenhum dos dois medicamentos.

    Outras

    Não foram realizados estudos entre adalimumabe e outras substâncias. O uso combinado de Hadlima® (adalimumabe) e outras DMARDs (por exemplo, anacinra e abatacepte) não é recomendado. Vacinas vivas não devem ser administradas conjuntamente a Hadlima® (adalimumabe). Nos estudos clínicos, não foram observadas interações quando adalimumabe foi administrado em combinação com DMARDs (sulfassalazina, hidroxicloroquina, leflunomida e ouro parenteral), glicocorticoides, salicilatos, anti-inflamatórios não esteroidais (ex.: ácido acetilsalicílico, diclofenacos, ibuprofeno) ou analgésicos.

    Interação com testes laboratoriais

    Não são conhecidas interferências de adalimumabe em testes laboratoriais.

    Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento.

    Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.


    QUAL AÇÃO DA SUBSTÂNCIA DO HADLIMA?

    Resultados de Eficácia

    Adultos

    Artrite reumatoide

    Adalimumabe foi avaliado em mais de 3000 pacientes com artrite reumatoide (AR) em estudos clínicos. Alguns pacientes foram tratados por até 120 meses. A eficácia e a segurança de Adalimumabe foram avaliados em cinco estudos clínicos controlados, duplo-cegos e randomizados.1-5 A dor no local da injeção de Adalimumabe 40 mg/0,4 mL em comparação com Adalimumabe 40mg/0,8 mL foi avaliada em dois estudos randomizados, ativos, controlados, simples cego, com dois períodos de crossover.

    O estudo I (ARMADA)1 avaliou 271 pacientes com artrite reumatoide moderada a grave, com mais de 18 anos de idade, que falharam ao tratamento com pelo menos uma droga modificadora da doença (DMARD), com resposta insuficiente ao metotrexato em doses constantes de 12,5 a 25 mg/semana (ou 10 mg caso o paciente fosse intolerante ao metotrexato). Os pacientes apresentavam articulações edemaciadas ≥ 6 e articulações doloridas ≥ 9 e com AR diagnosticada de acordo com o critério ACR. Os pacientes receberam placebo ou 20, 40 ou 80 mg de Adalimumabe a cada 2 semanas, por 24 semanas, por via subcutânea (SC).

    O estudo II (DE011)2 avaliou 544 pacientes com artrite reumatoide moderada a grave, com mais de 18 anos de idade, que falharam ao tratamento com pelo menos um DMARD (metotrexato, sulfassalazina, hidroxicloroquina, ouro oral ou injetável, d penicilamina, azatioprina). Os pacientes apresentaram articulações edemaciadas ≥ 10 e articulações doloridas ≥ 12 e também diagnosticados de acordo com o critério ACR. Os pacientes foram divididos em 5 grupos: placebo semanal, Adalimumabe 20 mg + placebo semanal, Adalimumabe 40 mg + placebo semanal, Adalimumabe 20 mg + placebo a cada 2 semanas, Adalimumabe 40 mg + placebo a cada 2 semanas. Todos os pacientes receberam os tratamentos por via subcutânea (SC). A duração do estudo foi de 26 semanas.

    O estudo III (DE019)3 avaliou 619 pacientes com artrite reumatoide moderada a grave, com mais de 18 anos de idade, com resposta insuficiente ao metotrexato em doses constantes semanais de 12,5 a 25 mg/semana (ou 10 mg caso o paciente fosse intolerante ao metotrexato). Diferente do estudo I, os pacientes com AR do estudo III não apresentavam falhas ao tratamento com pelo menos um DMARD. Os pacientes foram divididos em grupos: injeções de placebo semanalmente, injeções de Adalimumabe 20 mg semanalmente e injeções de Adalimumabe 40 mg /0,8 mL40 mg a cada duas semanas + placebo nas semanas alternadas. Todos os pacientes receberam os tratamentos por via SC. A duração do estudo foi de 52 semanas. Após este período, os pacientes puderam entrar em um período de extensão aberto no qual avaliou-se o uso de Adalimumabe 40 mg/metotrexato a cada 2 semanas, por via SC, por até 10 anos.6

    O estudo IV (STAR)4 avaliou 636 pacientes com artrite reumatoide moderada a grave, com mais de 18 anos de idade. A população do estudo incluiu pacientes que nunca haviam usado DMARDs ou que estavam em tratamento com DMARDs estável por no mínimo 28 dias. Estes tratamentos incluíram leflunomida, hidroxicloroquina, sulfassalazina e/ou sais de ouro. Os pacientes foram randomizados para receberem Adalimumabe 40 mg ou placebo, por via SC, a cada 2 semanas, por 24 semanas.

    O estudo V (PREMIER)5 avaliou 799 pacientes com artrite reumatoide de início recente (duração média dos sintomas de menos de 9 meses), moderada a grave, que nunca haviam usado metotrexato. O estudo avaliou a eficácia, a segurança e a progressão radiológica da destruição articular de Adalimumabe 40 mg + metotrexato a cada 2 semanas, Adalimumabe 40 mg a cada 2 semanas e monoterapia com metotrexato, por 104 semanas. Todos os tratamentos foram por via SC. Após a conclusão das primeiras 104 semanas de tratamento, 497 pacientes foram inscritos em uma fase de extensão aberta, na qual 40 mg de Adalimumabe foram administrados a cada 15 dias por até 10 anos.

    Os estudos VI e VII avaliou, cada um, 60 pacientes com artrite reumatóide moderada a grave ativa com idade ≥ 18 anos. Os pacientes inscritos ou eram usuários atuais de Adalimumabe 40 mg/0,8 mL e avaliaram sua dor média no local da injeção em pelo menos 3 cm (em uma 0-10 cm VAS) ou que nunca haviam se tratado com biológicos mas que haviam começado Adalimumabe 40 mg / 0,8 ml. Os pacientes foram randomizados para receber uma dose única de Adalimumabe 40 mg/0,8 mL ou Adalimumabe 40 mg/0,4 mL, seguido por uma injeção única do tratamento oposto no momento de sua próxima dose.

    Os resultados dos estudos I-V foram expressados em porcentagem de pacientes com melhora na artrite reumatóide usando o criterio ACR de resposta.

    As medidas de desfechos primárias dos estudos I, II e III e a medida de desfecho secundária do estudo IV foram a porcentagem de pacientes que atingiu respostas ACR20 nas semanas 24 ou 26 (diminuição de 20% dos critérios do American Collegge of Rheumatology). A medida de desfecho primária do estudo V foi a porcentagem de pacientes que atingiu respostas ACR50 (diminuição de 50% nos critérios do American College of Rheumatology) na semana 52. Os estudos III e V também tiveram a inibição da progressão da doença (medida por exames de raios-X) como medida de desfecho co-primária na semana 52. O estudo III também avaliou mudanças em escores de qualidade de vida como medida de desfecho co-primária.

    Os principais resultados de eficácia destes estudos são apresentados a seguir.

    Respostas ACR:

    Tabela A: Respostas ACR nos estudos clínicos controlados por placebo (porcentagem de pacientes)1-3

    RespostasEstudo Ia*1Estudo IIa*2Estudo IIIa*3
    Placebo
    + MTXc
    N=60
    Adalimumabeb + MTXc
    N=63
    Placebo
    N=110
    Adalimumabeb
    N=113
    Placebo + MTXc
    N=200
    Adalimumabeb + MTXc
    N=207
    ACR 20
    6 meses13,3%65,1%19,1%46%29,5%63,3%
    12 mesesNDNDNDND24%58,9%
    ACR 50
    6 meses6,7%52,4%8,2%22,1%9,5%39,1%
    12 mesesNDNDNDND9,5%41,5%
    ACR 70
    6 meses3,3%23,8%1,8%12,4%2,5%20,8%
    12 mesesNDNDNDND4,5%23,2%

    a Estudo I = 24 semanas, Estudo II = 26 semanas, Estudo III = 24 e 52 semanas.
    b 40mg de Adalimumabe a cada 2 semanas.
    c MTX= metotrexato.
    *p<0,01, Adalimumabe versus placebo.
    ND = Não disponível.

    No estudo IV, a resposta ACR 20 dos pacientes tratados com Adalimumabe foi significativamente melhor do que os pacientes tratados com placebo (p<0,001).4

    Nos estudos I-IV, todos os componentes individuais dos critérios de resposta ACR [número de articulações dolorosas, número de articulações edemaciadas, avaliações da atividade da doença e da dor pelo médico, avaliações da atividade da doença e da dor pelo paciente, escores do índice de incapacidade (HAQ – Health Assessment Questionnaire) e valores de PCR (proteína C reativa) em mg/dl] melhoraram em 241,3,4 ou 26 semanas2, quando comparados ao placebo. No estudo III, estas melhoras foram mantidas ao longo de 52 semanas.3

    Além disto, as taxas de respostas ACR foram mantidas na maioria dos pacientes seguidos na fase de extensão aberta do estudo III.114/207 pacientes continuaram com Adalimumabe 40 mg SC a cada 2 semanas por 60 meses. Destes, 65%, 58% e 35% apresentaram respostas ACR 20/50/70, respectivamente, no mês 60.6

    Nos estudos I-V, os pacientes tratados com Adalimumabe atingiram melhores respostas ACR 20 e 50, quando comparados ao placebo, de forma estatisticamente significante, após 1 ou 2 semanas após o início do tratamento.1-5

    No estudo V, o tratamento combinado de Adalimumabe com metotrexato, em pacientes com artrite reumatoide inicial, levou a respostas ACR maiores e mais rápidas do que as monoterapias com Adalimumabe ou metotrexato, na semana 52, mantidas na semana 104 (Tabela B).

    Tabela B: Respostas ACR no estudo V.5

    RespostasMTX
    N=257
    Adalimumabe
    N=274
    Adalimumabe + MTX
    N=268
    papbpc
    ACR 20
    Semana 5262,6%54,4%72,8%0,013<0,0010,043
    Semana 10456%49,3%69,4%0,002<0,0010,140
    ACR 50
    Semana 5245,9%41,2%61,6%<0,001<0,0010,317
    Semana 10442,8%36,9%59%<0,001<0,0010,162
    ACR 70
    Semana 5227,2%25,9%45,5%<0,001<0,0010,656
    Semana 10428,4%28,1%46,6%<0,001<0,0010,864

    a Valor de p da comparação entre monoterapia com metotrexato e tratamento combinado de Adalimumabe com metotrexato (teste U de Mann-Whitney).
    b Valor de p da comparação entre monoterapia com Adalimumabe e tratamento combinado de Adalimumabe com metotrexato (teste U de Mann-Whitney).
    c Valor de p da comparação entre monoterapia com metotrexato e monoterapia com Adalimumabe (teste U de Mann-Whitney).

    Na fase de extensão aberta do estudo V(PREMIER)5 de AR, as taxas de resposta ACR foram mantidas quando seguidas por até 10 anos. Dos 542 pacientes que foram randomizados para o tratamento com Adalimumabe 40 mg a cada 15 dias, 170 pacientes continuaram com o tratamento com Adalimumabe 40 mg a cada 15 dias por 10 anos. Dentre esses, 154 pacientes (90,6%) apresentaram resposta ACR 20; 127 pacientes (74,7%) tiveram resposta ACR50; e 102 pacientes (60,0%) apresentaram resposta ACR 70.

    Na semana 52, 42,9% dos pacientes que receberam o tratamento combinado de Adalimumabe com metotrexato atingiram remissão clínica (DAS 28 - CRP <2,6), comparados a 20,6% dos pacientes que receberam monoterapia com metotrexato e 23,4% dos que receberam monoterapia com Adalimumabe. O tratamento combinado de Adalimumabe com metotrexato foi superior às monoterapias com metotrexato e Adalimumabe (ambos p<0,001) em atingir baixa atividade da doença em pacientes com artrite reumatoide recentemente diagnosticada de moderada a grave intensidade. Dos 342 pacientes originalmente randomizados para a terapia com Adalimumabe ou a terapia combinada de Adalimumabe com metotrexato que entraram no estudo de extensão aberto, 171 pacientes completaram 10 anos de tratamento com Adalimumabe. Dentre esses, 109 pacientes (63,7%) foram reportador por apresentar remissão aos 10 anos de tratamento.

    Progressão radiográfica:

    No estudo III, no qual os pacientes tratados com Adalimumabe apresentaram uma duração média da artrite reumatoide de aproximadamente 11 anos, o dano articular estrutural foi avaliado radiograficamente e expresso por meio da mudança no escore total de Sharp modificado e seus componentes (escores de erosão e de estreitamento dos espaços articulares). Os pacientes tratados com Adalimumabe e metotrexato apresentaram significativamente menos progressão radiográfica do que os pacientes tratados apenas com metotrexato, após 6 e 12 meses (Tabela C).3

    Tabela C: Mudanças médias nos escores de Sharp em 12 meses (estudo III)3

    -Placebo + MTXAdalimumabe + MTX 40 mg SC a cada 2 semanasIC 95%P
    Escore de Sharp total2,70,12,6 (1,4-3,8)<0,001
    Escore de erosão1,60,01,6 (0,9-2,2)<0,001
    Escore de estreitamento dos espaços articulares1,00,10,9 (0,3-1,4)0,002

    MTX = metotrexato.
    IC = Intervalo de confiança.

    Dados da fase de extensão indicaram que a redução na taxa de progressão do dano estrutural é mantido por 60 meses em um subgrupo de pacientes. 113/207 pacientes originalmente tratados com Adalimumabe 40 mg SC a cada 2 semanas foram avaliados após 5 anos. Destes, 66 pacientes não mostraram nenhuma progressão do dano estrutural, definida por mudança no escore total de Sharp de zero ou menos.6

    No estudo V, o dano estrutural foi avaliado radiograficamente e também expresso por meio das mudanças no escore total de Sharp modificado e seus componentes, de acordo com a Tabela D.

    Tabela D: Mudanças médias nos escores de Sharp na semana 52 (estudo V)5

    RespostasMTX
    N=257
    (IC 95)
    Adalimumabe
    N=274
    (IC 95)
    Adalimumabe + MTX
    N=268
    (IC 95)
    papbpc
    Escore total de Sharp5,7(4,2-7,3)3,0(1,7-4,3)1,3(0,5-2,1)<0,0010,002<0,001
    Escore de erosão3,7(2,7-4,7)1,7(1,0-2,4)0,8(0,4-1,2)<0,0010,0082<0,001
    Escore de estreitamento dos espaços articulares2,0(1,2-2,8)1,3(0,5-2,1)0,5(0-1,0)<0,0010,00370,151

    a Valor de p da comparação entre monoterapia com metotrexato e tratamento combinado de Adalimumabe com metotrexato (teste U de Mann-Whitney).
    b Valor de p da comparação entre monoterapia com Adalimumabe e tratamento combinado de Adalimumabe com metotrexato (teste U de Mann-Whitney).
    c Valor de p da comparação entre monoterapia com metotrexato e monoterapia com Adalimumabe (teste U de Mann-Whitney).
    MTX = metotrexato.
    IC = Intervalo de confiança.

    Após 52 e 104 semanas de tratamento, a porcentagem de pacientes sem progressão (mudança no escore total de Sharp modificado < 0,5) foi significativamente maior no grupo de tratamento combinado de Adalimumabe mais metotrexato (63,8% e 61,2%, respectivamente), quando comparado ao grupo que recebeu monoterapia com Adalimumabe (50,7%, p<0,002, e 44,5%, p<0,001, respectivamente) e monoterapia com metotrexato (37,4% e 33,5%), respectivamente, ambos p<0,001).5

    Na extensão aberta do estudo V(PREMIER)5 de AR, a variação média da linha de base no Ano 10 na Pontuação Total Sharp modificada foi de 10,8; 9,2 e 3,9 em pacientes originalmente randomizados para monoterapia com metotrexato, Adalimumabe em monoterapia e terapia combinada com Adalimumabe e metotrexato, respectivamente. As proporções correspondentes de pacientes sem progressão radiográfica foram 31,3%, 23,7% e 36,7%, respectivamente.

    Qualidade de vida e função física:

    Qualidade de vida e função física foram avaliados pelo HAQ (Health Assessment Questionnaire), em todos os estudos de Adalimumabe, com placebo como comparador, sendo uma medida de desfecho co-primária no estudo III. Todos os grupos tratados com Adalimumabe apresentaram melhora significativamente maior que o placebo no índice de incapacidade do HAQ, após 6 meses, o mesmo acontecendo no estudo III após 52 semanas. Nestes estudos, uma melhora do componente físico do Short Form 36 (SF-36) também suporta estes achados. No estudo V, a melhora do índice de incapacidade do HAQ e do componente físico do SF-36 foi significativamente maior para o grupo tratado com Adalimumabe e metotrexato, quando comparada aos grupos tratados com monoterapia com Adalimumabe e metotrexato (p < 0,001).1-4

    Uma diminuição significativa da fadiga, medida pelo escore FACIT (Functional Assessment of Chronic Illness Therapy) foi observada nos estudos I, III e IV, onde tal instrumento foi usado.1,3,5

    No estudo III, a melhora da função física foi mantida por até 60 meses da fase de extensão aberta. A qualidade de vida foi medida até a semana 156 (36 meses) e a melhora foi mantida por este período.3

    Dentre os 250 pacientes que completaram o estudo de extensão aberto, as melhorias na função física foram mantidas durante 10 anos de tratamento.

    Dor no local da injeção:

    Para os estudos VI e VII, uma diferença estatisticamente significativa para a dor no local da injeção imediatamente após a aplicação foi observado entre Adalimumabe 40 mg/0,8 mL e Adalimumabe AC40 mg/0,4 mL (média VAS de 3,7 cm contra 1,2 cm, escala de 0 -10 cm, p <0,001). Isto representou uma redução média de 84% na dor no local da injeção.

    Artrite Psoriásica

    Adalimumabe 40 mg SC a cada duas semanas, foi avaliado em pacientes com artrite psoriásica moderada a grave em 2 estudos controlados por placebo. No estudo I, foram observados 313 pacientes adultos com resposta inadequada a anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), por 24 semanas.7 No estudo II, 100 pacientes com resposta inadequada a DMARDs foram observados por 12 semanas.8 Os pacientes de ambos os estudos puderam entrar em uma fase aberta, onde todos receberam Adalimumabe 40 mg SC a cada 2 semanas, por até 144 semanas.9,10

    As respostas ACR no estudo I foram semelhantes com e sem tratamento concomitante com metotrexato (aproximadamente 50% dos pacientes foram tratados concomitantemente com metotrexato) (Tabela E).

    Tabela E: Respostas ACR nos estudos controlados por placebo de Adalimumabe para artrite psoriásica7

    RespostasEstudo I7Estudo II8
    Placebo
    N=162
    Adalimumabe
    N=151
    Placebo
    N=49
    Adalimumabe
    N=51
    ACR 20
    Semana 1214%58%*16%39%**
    Semana 2415%57%*NDND
    ACR 50
    Semana 124%36%*2%25%*
    Semana 246%39%*NDND
    ACR 70
    Semana 121%20%*0%14%**
    Semana 241%23%*NDND

    ND = não disponível.
    *p<0,001 para todas as comparações entre Adalimumabe e placebo.
    **p<0,05 para todas as comparações entre Adalimumabe e placebo.

    As respostas ACR foram mantidas na fase de extensão aberta por até 136 semanas.9

    As mudanças radiográficas também foram avaliadas nos estudos de artrite psoriásica. Radiografias de mãos, punhos e pés foram obtidas no início do estudo e nas semanas 24 (fase duplo-cega do estudo I)7 e semana 48 (fase aberta).10 Um escore de Sharp modificado (mTSS), que incluiu as articulações interfalangianas distais, foi usado para medir a progressão radiográfica. Adalimumabe reduziu a taxa de progressão do dano articular periférico, quando comparado com o placebo (mudança média do mTSS = 0,8 ± 2,42 no grupo placebo na semana 24 comparado a 0,1± 1,95 no grupo tratado com Adalimumabe na semana 48, p < 0,001).9,10 Nos pacientes tratados com Adalimumabe sem progressão radiográfica do início do estudo até a semana 48 (n=102), 84% continuaram a demonstrar ausência de progressão por até 144 semanas de tratamento.9,10

    Os pacientes tratados com Adalimumabe demonstraram melhora significativa na função física, avaliada pelo HAQ e pelo SF-36 comparados aos pacientes que receberam placebo, na semana 24.7 A melhora da função física continuou durante a fase de extensão aberta até a semana 136.9

    Espondilite Anquilosante

    Adalimumabe 40 mg SC a cada duas semanas foi avaliado em dois estudos duplocegos, placebo-controlados, de 24 semanas, em pacientes com espondilite anquilosante ativa, sem resposta adequada ao tratamento convencional.11-13 O período cego foi seguido de uma fase de extensão aberta, na qual os pacientes receberam apenas Adalimumabe 40 mg SC a cada 2 semanas.14

    No estudo I, com 315 pacientes, os resultados apresentaram melhora significativa dos sinais e sintomas da espondilite anquilosante nos pacientes tratados com Adalimumabe, quando comparados aos tratados com placebo. Uma resposta significativa foi observada na semana 2, e mantida ao longo de 24 semanas (Tabela F).11

    Tabela F: Respostas de eficácia em estudos controlados por placebo de Adalimumabe para espondilite anquilosante 11

    RespostaAdalimumabe
    N=208*
    Placebo
    N=107
    ASAS 20a
    Semana 242%*16%
    Semana 1258%*21%
    Semana 2451%*19%
    ASAS 50
    Semana 216%*3%
    Semana 1238%*10%
    Semana 2435%*11%
    ASAS 70
    Semana 27%**0%
    Semana 1223%*5%
    Semana 2424%*8%
    BASDAI 50b
    Semana 220%*4%
    Semana 1245%*16%
    Semana 2442%*15%

    *, ** Estatisticamente significante, com p<0,001, <0,001 para todas as comparações entre Adalimumabe e placebo, nas semanas 2, 12 e 24.

    A melhora nas respostas ASAS e nos escores BASDAI foi mantida por até 2 anos.14

    Pacientes tratados com Adalimumabe apresentaram melhora significativamente maior nos escores de dor, fadiga e rigidez,15 e nos escores de qualidade de vida (SF-36 e ASQoL – Questionário de Qualidade de Vida para Espondilite Anquilosante), quando comparados aos que receberam placebo, na semana 24.16

    Tendências semelhantes (nem todas estatisticamente significantes) foram observadas no estudo II, realizado com 82 pacientes adultos com espondilite anquilosante ativa.12,13

    Espondiloartrite Axial Não Radiográfica (Espondiloartrite axial sem evidência radiográfica de EA)

    A segurança e eficácia de Adalimumabe foram avaliadas em dois estudos randomizados, duplo cego controlados por placebo, em pacientes com espondiloartrite axial não-radiográfica (nr-axSpA). O estudo nr-axSpA I avaliou pacientes com nr-axSpA ativa. O estudo nraxSpA II foi um estudo de descontinuação de tratamento em pacientes com nr-axSpA ativa que atingiram a remissão durante o tratamento aberto com Adalimumabe.

    Estudo n-axSpA I:

    No estudo nr-axSpA I, Adalimumabe 40 mg a cada duas semanas foi avaliado em 185 pacientes por 12 semanas, em um estudo randomizado, duplo cego, placebo-controlado, em pacientes com nr-axSpA ativa[média basal da atividade da doença (BASDAI – Bath Ankylosing Spondylitis Disease Activity Index) de 6,4 para pacientes tratados com Adalimumabe e 6,5 para pacientes recebendo placebo] que responderam inadequadamente ou que são intolerantes a ≥ 1 AINEs, ou que apresentam contraindicação a AINES. Os pacientes incluídos foram classificados de acordo com o critério ASAS de EpA axial, excluindo pacientes que satisfizeram os critérios de New York modificados para espondilite anquilosante e aqueles com psoríase ou artrite psoriásica. O objetivo primário foi a porcentagem de pacientes que alcançaram o critério de resposta ASAS40 na semana 12.17

    Trinta e três (18%) dos pacientes foram tratados concomitantemente com drogas modificadoras do curso da doença (DMARDs), e 146 (79%) dos pacientes, com AINEs no baseline. O período duplocego foi seguido de uma fase de extensão aberta, no qual, os pacientes receberam Adalimumabe 40mg, por via subcutânea, a cada duas semanas por 144 semanas adicionais. A semana 12 mostrou uma melhora estatisticamente significante dos sinais e sintomas da nr-axSpA ativaem pacientes tratados com Adalimumabe comparado com placebo tanto na população geral quanto em pacientes com Ressonância nuclear magnética (RNM) positivo ou PCR elevada (Tabelas G e H). Variáveis que demonstram uma redução dos sinais e sintomas da nraxSpA ativaforam sustentadas ou continuaram a melhorar na semana 24 e na Semana 68 e foram mantidas até a Semana 156 (Tabelas G e H).17-19

    Tabela G: Respostas de eficácia no estudo nr-axSpA I placebo-controlado de Adalimumabe18, 19

    Duplo-cego - Resposta na semana 12Placebo
    N=94
    Adalimumabe
    N=91
    ASASa 4015%36%***
    ASAS 2031%52%**
    ASAS 5/66%31%***
    ASAS Remissão Parcial5%16%*
    BASDAIb 5015%35%**
    ASDASc,d,e-0,3-1.0***
    ASDAS Doença Inativa4%24%***
    SF-36 PCSd, f2,0k5,5**
    HAQ-Sd,g-0,1-0,3*
    PCR-usd,h,i-0,3-4,7***
    SPARCCj RNM articulações sacroilíacasd,k-0,6-3,2**
    SPARCC RNM colunad, l-0,2-1,8**

    a Avaliação da Sociedade Internacional de Espondiloartrites.
    b Bath Ankylosing Spondylitis Disease Activity Index.
    c Score da Atividade da Doença Espondilite Anquilosante.
    d Alteração média do baseline.
    e n=91 no placebo e n=87 para Adalimumabe.
    f Short Form-36 Health Status SurveyTM Versão 2 pontuação de componente físico.
    g Health Assessment Questionnaire modificado pela espondiloartropatias.
    h Proteína C-Reativa ultra-sensível(mg/L).
    i n = 73 no placebo e n=70 para Adalimumabe.
    j Spondyloarthritis Research Consortium of Canada.
    k n = 84 no placebo e para Adalimumabe.
    l n = 82 no placebo e n = 85 para Adalimumabe.
    m n = 93.
    *** Valor p < 0,001.
    ** Valor p < 0,01.
    * Valor p < 0,05.
    # Análises NRI para todos os endpoints categóricos, análise LOCF para HAQ-S e PCR-us e análise de casos observados para SF-36 e pontuação SPARCC RNM.

    Tabela H: Respostas de eficácia no estudo nr-axSpA I placebo-controlado de Adalimumabe para (População com RNM positivo e/ou PCR elevado)#17,19

    Duplo-cego- Resposta na semana 12Placebo
    N=73
    Adalimumabe
    N=69
    ASASa 4014%41%***
    ASAS 2032%59%***
    ASAS 5/68%35%***
    ASAS Remissão Parcial5%19%*
    BASDAIb 5014%39%***
    ASDASc,d,e-0,3-1,2***
    ASDAS Doença Inativa4%29%***
    SF-36 PCSd,f2,3l6,9***
    HAQ-Sd,g-0,1-0,3**
    PCR-usd,h, i-0,8-6,5***
    SPARCCj RNM articulações sacroilíacasdk-0,9-4,3**
    SPARCC RNM colunad,l-0,5-2,3**

    a Avaliação da Sociedade Internacional de Espondiloartrites.
    b Bath Ankylosing Spondylitis Disease Activity Index.
    c Score da Atividade da Doença Espondilite Anquilosante.
    d Alteração média do baseline.
    e n=72 no placebo e n=66 para Adalimumabe.
    f Short Form-36 Health Status SurveyTM Versão 2 pontuação de componente físico.
    g Health Assessment Questionnaire modificado pela espondiloartropatias.
    h Proteína C-Reativa ultra-sensível (mg/L).
    i n = 54 no placebo e n=50 para Adalimumabe.
    j = Spondyloarthritis Research Consortium of Canada.
    k n = 64 no placebo e para Adalimumabe.
    l n = 62 no placebo e n = 65 para Adalimumabe.
    m n=72.
    *** valor p < 0,001.
    ** valor p < 0,01.
    * valor p < 0,05.
    # Análises NRI para todos os endpoints categóricos e análise de casos observados para HAQ-S, PCR-us, SF-36 e pontuação SPARCC RNM.

    Tabela I: Respostas de eficácia no estudo nr-axSpA I aberto de extensão de Adalimumabe18,19

    EndpointSemana 24
    N=171
    Semana 68
    N=145
    Semana 156
    N=122
    ASASa 4089 (52,0%)97 (66,9%)81 (66,4%)
    ASAS 20117 (68,4%)116 (80,0%)101 (82,8%)
    ASAS 5/674 (43,3%)72 (49,7%)58 (47,5%)
    ASAS remissão parcial45 (26,5%)g53 (36,6%)52 (43,3%)
    BASDAIb 5086 (50,3%)93 (64,8%)85 (69,7%)
    ASDASc,d-1,5j-1,8k-1,7l
    ASDAS Doença Inativa60(35,3%)h69 (47,6%)55 (45,8%)i
    SF-36 PCSd,e7,2m9,6n10,5o
    HAQ-Sd,f-0,39-0,47-0,48
    hs-CRPd,g-4,6p-4,1q-3.3r

    a Avaliação da Sociedade Internacional de Espondiloartrites.
    b Bath Ankylosing Spondylitis Disease Activity Index.
    c Score da Atividade da Doença Espondilite Anquilosante.
    d Alteração média do baseline.
    e Short Form-36 Health Status SurveyTM Versão 2 pontuação de componente físico.
    f Health Assessment Questionnaire modificado pela espondiloartropatias.
    g Proteína C-Reativa ultra-sensível (mg/L).
    h n = 170.
    i n = 120.
    j n = 163.
    k n = 140.
    l n = 118.
    m n = 177.
    n n = 151, semana 52.
    o n 121.
    p n = 131.
    q n = 112.
    r n = 97.
    # Análise dos casos observados.

    Tabela J: Respostas de eficácia no estudo nr-axSpA I aberto de extensão de Adalimumabe para (População com RNM positivo e/ou PCR elevado)18,19

    EndpointSemana 24
    N=133
    Semana 68
    N=111
    Semana 156 N=97
    ASASa 4070 (52,6%)78 (69,6%)67 (69,1%)
    ASAS 2096 (72,2%)94 (83,9%)83 (85,9%)
    ASAS 5/661 (46,6%)63 (56,3%)49 (50,5%)
    ASAS Remissão Parcial37 (27,8%)45 (40,2%)45 (46,9%)
    BASDAIb 5068 (51,1%)75 (67,0%)70 (72,2%)
    ASDASc,d-1,6i-1,9j-1,9k
    ASDAS Doença Inativa48 (36,1%)54 (48,2%)45 (47,4%)l
    SF-36 PCSd,e7,7m10,5n11,5o
    HAQ-Sd,f-0,39-0,48-0,50
    hs-CRPd,g-6,0p-5,9q-4,2r

    a Avaliação da Sociedade Internacional de Espondiloartrites.
    b Bath Ankylosing Spondylitis Disease Activity Index.
    c Score da Atividade da Doença Espondilite Anquilosante.
    d Alteração média do baseline.
    e Short Form-36 Health Status SurveyTM Versão 2 pontuação de componente físico.
    f Health Assessment Questionnaire modificado pela espondiloartropatias.
    g Proteína C-Reativa ultra-sensível (mg/L).
    h n = 96.
    i n = 129.
    j n = 110.
    k n = 93.
    l n = 95.
    m n = 138.
    n n = 116, semana 52.
    o n = 96 p = n = 97.
    q n = 83.
    r n = 75.
    # Análise dos casos observados.

    Inibição da inflamação:

    Foram mantidas melhoras significantes dos sinais da inflamação como medidos pelo hs-CRP e MRI para as articulações sacroilíacas e a coluna em pacientes tratados com Adalimumabe durante a Semana 156 e Semana 104, respectivamente. SPARCC MRI para articulações sacroilíacas estavam disponíveis para 131 pacientes e SPARCCC MRI para coluna estavam disponíveis para 130 pacientes com uma alteração média do baseline de -3,8 e -1,4, respectivamente, na Semana 104.

    Qualidade de vida e capacidade física:

    A qualidade de vida relacionada com a saúde e a capacidade física foram avaliadas através dos questionários HAQ-S e SF-36. Adalimumabe mostrou uma melhora estatisticamente significativa na nota total do HAQ-S e na pontuação do componente físico do SF-36 (PCS) do início até a semana 12 comparados com o placebo. Os resultados para SF-36 (PCS) e HAQ-S foram sustentados durante as Semanas 52, 68 e 156, respectivamente.17-19

    Estudo nr-axSpA II:

    673 pacientes com nr-axSpA ativa (atividade média base da doença [BASDAI] foi de 7,0) os quais tiveram uma resposta inadequada a ≥ 2 AINEs ou uma intolerância ou contraindicação para os AINEs incluídos no período de estudo aberto nr-axSpA II durante o qual receberam Adalimumabe 40 mg a cada duas semanas durante 28 semanas. Esses pacientes também apresentaram evidência objetiva de inflamação nas articulações sacroilíacas ou coluna vertebral na ressonância magnética ou elevação da PCR (proteína C reativa). Os pacientes que alcançaram remissão sustentada durante pelo menos 12 semanas (N = 305) (ASDAS <1,3 nas semanas 16, 20, 24 e 28) durante o período aberto foram então aleatorizados para receberem tratamento continuado com Adalimumabe 40 mg a cada duas semanas (N = 152) ou placebo (N = 153) por um período adicional de 40 semanas em um período duplo-cego, controlado por placebo (duração total do estudo de 68 semanas). Pacientes que apresentaram flare da doença durante o período duplo-cego foram autorizados a terapia de resgate Adalimumabe 40 mg por pelo menos 12 semanas.

    O desfecho primário de eficácia foi à proporção de pacientes sem agravamento na Semana 68 do estudo. O agravamento foi definido como ASDAS ≥ 2,1 em duas visitas consecutivas com quatro semanas de intervalo. Uma proporção maior de pacientes em uso de Adalimumabe não apresentou agravamento da doença durante o período duplo-cego, quando comparados com os que receberam placebo (70,4% vs. 47,1%, p <0,001) (Figura 1).

    Figura 1: Curvas de Kaplan-Meier Resumindo o Tempo de Remissão no Estudo nr-axSpA II

    Nota: P = Placebo (Número em Risco (flared)); A = Adalimumabe (Número em risco (flared)).

    Entre os 68 pacientes que apresentaram flare da doença no grupo alocado para descontinuação do tratamento, 65 completaram 12 semanas de terapia de resgate com Adalimumabe, dos quais 37 (56,9%) haviam recuperado a remissão (ASDAS <1,3) após 12 semanas de reinício do tratamento aberto.

    Na Semana 68, os pacientes que receberam tratamento contínuo com Adalimumabe apresentaram melhora estatisticamente significativa maior dos sinais e sintomas de nr-axSpA ativa em comparação com os pacientes alocados para descontinuação do tratamento durante o período duplo-cego do estudo (Tabela K).

    Tabela K: Resposta à Eficácia no Período Controlado por Placebo para o Estudo nr axSpA II

    Duplo-cego - Resposta na semana 68Placebo
    N=153
    Adalimumabe
    N=152
    ASASa,b 2047.1%70.4%***
    ASASa,b 4045.8%65.8%***
    ASASa Remissão Parcial26.8%42.1%**
    ASDASc Doença Inativa33.3%57.2%***
    Agravamento Parciald64.1%40.8%***

    a Avaliação da Sociedade Internacional de Espondiloartrites.
    b Baseline é definida como baseline aberta quando os pacientes tem doença ativa. A linha is defined as open label baseline when patients have active disease.
    c Score da Atividade da Doença Espondilite Anquilosante.
    d Agravamento Parcial é definido com ASDAS ≥ 1.3 a < 2.1 em 2 visitas consecutivas.
    *** Valor p < 0.001.
    ** Valor p < 0.01.

    Doença de Crohn

    A segurança e a eficácia de Adalimumabe foram avaliadas em mais de 1400 pacientes com doença de Crohn (DC) ativa, moderada a grave (Crohn’s Disease Activity Index (CDAI) ≥ 220 e ≤ 450) em estudos duplo-cegos, randomizados, controlados por placebo. Nestes estudos foi permitido o uso concomitante de doses estáveis de aminossalicilatos, corticosteroides e/ou agentes imunomoduladores.

    A indução de remissão clínica (definida como CDAI < 150) foi avaliada em dois estudos, Estudo I20 de DC (M02-403) e Estudo II21 de DC (M04-691). No Estudo I20 de DC, 299 pacientes virgens de antagonistas de TNF foram randomizados para um de quatro grupos de tratamento: placebo nas semanas 0 e 2, 160 mg de Adalimumabe na semana 0 e 80 mg na semana 2, 80 mg na semana 0 e 40 mg na semana 2, e 40 mg na semana 0 e 20 mg na semana 2. No Estudo II21 de DC, 325 pacientes que tinham perdido resposta ou eram intolerantes ao infliximabe foram randomizados para receber ou 160 mg Adalimumabe na semana 0 e 80 mg na semana 2 ou placebo nas semanas 0 e 2. Em ambos estudos os resultados clínicos foram avaliados na semana 4.

    Uma maior porcentagem de pacientes tratados com 160/80 mg de Adalimumabe alcançou a indução de remissão clínica, em comparação com o placebo na semana 4, independentemente dos pacientes serem virgens de tratamento com bloqueadores de TNF (Estudo I20 de DC), ou terem perdido resposta ou terem sido intolerantes ao infliximabe (Estudo II21 de DC) - Tabela L.

    Tabela L: Indução de Remissão e Resposta Clínica nos Estudos I20 e II21 de DC (Porcentagem de Pacientes)

    -Estudo I de DCEstudo II de DC
    Placebo
    N=74
    Adalimumabe 160/80 mg
    N=76
    Placebo
    N=166
    Adalimumabe 160/80 mg
    N=159
    Semana 4
    Remissão Clínica12%36%*7%21%*
    Resposta Clínica (CDAI ≥ 70)34%58%**34%52%**

    Remissão clínica corresponde a CDAI < 150 e resposta clínica a diminuição de pelo menos 70 pontos no CDAI em relação à avaliação inicial.
    * p < 0.001.
    ** p < 0.01.

    A manutenção da remissão clínica foi avaliada no Estudo III22 de DC (M02-404). No Estudo III22 de DC, 854 pacientes receberam de forma aberta 80 mg de Adalimumabe na semana 0 e 40 mg na semana 2. Na semana 4 os pacientes foram randomizados para receber 40 mg em semanas alternadas, 40 mg todas as semanas, ou placebo com uma duração total do estudo de 56 semanas. Pacientes com resposta clinica (CR-70 = diminuição do CDAI ≥ 70) na semana 4 foram estratificados e analisados separadamente daqueles sem resposta clínica na semana 4.

    No Estudo III22 de DC (CHARM), na semana 4, 58% (499/854) dos pacientes apresentavam resposta clínica e foram avaliados na análise primária. Os índices de manutenção da remissão e de resposta clínica estão representados na Tabela M. Os índices de remissão clínica permaneceram relativamente constantes independentemente de uma exposição prévia a um antagonista de TNF.

    Tabela M: Manutenção de Remissão e Resposta Clínica no Estudo III22 de DC (Porcentagem de Pacientes)

    -Placebo40 mg Adalimumabe em semanas alternadas40 mg Adalimumabe semanal
    Semana 26N=170N=172N=157
    Remissão Clínica17%40%*47%*
    Resposta Clínica (CDAI ≥ 70)28%54%*56%*
    Semana 56N=170N=172N=157
    Remissão Clínica12%36%*41%*
    Resposta Clínica (CDAI ≥ 70)18%43%*49%*

    Remissão clínica corresponde a CDAI < 150 e resposta clínica a diminuição de pelo menos 70 pontos no CDAI em relação à avaliação inicial.
    * p < 0.001 para Adalimumabe vs placebo.

    Nos Estudos I20 e II21 de DC, foi observada melhora estatisticamente significante na pontuação total do questionário específico para a doença inflamatória intestinal (IBDQ) alcançada na semana 4 nos pacientes randomizados para Adalimumabe 80/40 mg e 160/80 mg comparada a placebo. A melhora também foi vista nas semanas 26 e 56 no Estudo III de DC entre os grupos de tratamento Adalimumabe comparados com o grupo placebo. No Estudo III, houve também uma diminuição estatisticamente significante de hospitalização e cirurgias relacionadas à doença quando comparada com o placebo na Semana 5623.

    No Estudo I20, 117/276 pacientes com DC e 272/777 pacientes do Estudo II21 e III22 foram acompanhados por pelo menos 3 anos em terapia aberta com Adalimumabe.

    Respectivamente 88 (75,2%) e 189 (69,5%) pacientes, continuaram com remissão clínica. A resposta clínica foi mantida em 107 (91,5%) e 248 (91,2%) pacientes, respectivamente.

    Os 117/854 pacientes (a partir de estudo DC III) apresentaram fístulas drenadas tanto na seleção como no baseline. Para a avaliação da cicatrização das fístulas, os dados de ambas as doses de Adalimumabe utilizados no estudo foram agrupados. A proporção de pacientes com cicatrização das fístulas na semana 26 foi estatística e significativamente maior em pacientes tratados com Adalimumabe [21/70 (30,0%)] em comparação com placebo [6/47 (12,8%)]. A cicatrização completa das fístulas foi mantida até a Semana 56 em 23/70 (32,9%) pacientes no grupo com Adalimumabe e 6/47 (12,8%) no grupo placebo.

    Um estudo endoscópico (M05-769) que envolveu 135 pacientes, indicou um efeito de Adalimumabe na cicatrização da mucosa. 27,4% dos pacientes tratados com Adalimumabe tinham cicatrização da mucosa na semana 12 comparados com 13,1% dos pacientes-placebo (p=0,056), e 24,2% dos pacientes tratados com Adalimumabe na semana 52 contra 0% dos pacientes-placebo (p < 0,001)24.

    Colite Ulcerativa ou Retocolite Ulcerativa

    A segurança e eficácia de múltiplas doses de Adalimumabe foi testada em pacientes adultos com colite ulcerativa ou retocolite ulcerativa ativa moderada a grave (escore Mayo de 6 a 12 e com subtotal de endoscopia de 2 a 3 pontos) em dois estudos randomizados, duplo-cego, placebo controlados. Os pacientes tinham de ter um diagnóstico de colite ulcerativa por mais de 90 dias, confirmado por endoscopia. Eles tinham de ter a doença ativa apesar do tratamento com pelo menos um dos seguintes corticosteroides orais ou imunossupressores: prednisona, azatioprina ou 6 - mercaptopurina . Os pacientes foram excluídos da participação nos estudos se eles tinham uma história de colectomia subtotal com ileostomia ou proctocolectomia com reservatório ileal e anastomose ileoanal, bolsa de Koch ou ileostomia para retocolite ulcerativa ou se estava planejando uma cirurgia intestinal, ou se eles tinham um diagnóstico vigente de colite fulminante e / ou megacólon tóxico, colite indeterminada, ou doença de Crohn , se sua doença estava limitada ao reto (proctite ulcerativa), ou se eles estavam recebendo nutrição parenteral.

    Pacientes com Clostridium difficile positivo no exame de fezes, infecções que requerem tratamento intravenoso , que tinha um histórico de malignidade tratada com sucesso diferente de carcinoma cutâneo de celulas escamosas não metastáticas ou basocelular e/ou carcinoma localizado no colo do útero , ou uma história de listeria, histoplasmose, infecção crônica ou ativa da hepatite B, vírus da imunodeficiência humana, síndrome da imunodeficiência, doenças desmielinizantes do sistema nervoso central, ou tuberculose não tratada (TB) também foram excluídos , bem como os pacientes cuja endoscopia mostrou evidências de displasia ou malignidade. No estudo UC-I25, 390 pacientes que nunca foram tratados com antagonistas de TNF foram randomizados para receber: placebo nas semanas 0 e 2 ou 160 mg de Adalimumabe na semana 0 seguido por 80 mg na semana 2, ou 80 mg Adalimumabe na semana 0 seguindo por 40 mg na semana 2. Depois da semana 2, pacientes que receberam Adalimumabe nas semanas anteriores, receberam 40 mg de Adalimumabe a cada 14 dias. A remissão clínica (definida como escore Mayo≤ 2 sem subtotal > 1) foi avaliada na semana 8.

    No estudo UC-II26, 248 pacientes receberam 160 mg de Adalimumabe na semana 0, 80 mg na semana 2 e 40 mg a cada 14 dias nas semanas seguintes, e, 246 pacientes receberam placebo. Os resultados clínicos foram avaliados para indução de remissão na semana 8 e para manutenção da remissão na semana 52.

    Indivíduos induzidos com 160/80 mg de Adalimumabe atingiram a remissão clínica versus o placebo na semana 8 em porcentagens estatistica e significativamente maiores no estudo UC-I (18% vs 9%, respectivamente, p=0.031) e no estudo UC-II (17% vs 9%, respectivamente, p=0,019). No estudo UC-II, entre os tratados com Adalimumabe que estavam em remissão na semana 8, 21/41 (51%) estavam em remissão na semana 52. Os resultados do estudo UC-II são apresentados na Tabela N tanto para população total quanto para pacientes que tinham respondido na semana 8 de tratamento por escore total Mayo.

    Tabela N: Resposta, Remissão e Cicatrização de mucosa no estudo UC-II (Percentual de pacientes)

    -Placebo40 mg de Adalimumabe em semanas alternadas, no geral40 mg de Adalimumabe em semanas alternadas, Responsivos na Semana 8
    Semana 52N=246N=248N=125
    Resposta Clínica18%30%*47%
    Remissão Clínica9%17%*29%
    Cicatrização de Mucosa15%25,0%*41%
    Remissão sem esteroides para ≥ 90 diasa6%
    (N=140)
    13%*
    (N=150)
    20,0%

    Semana 8 e 52

    N=246

    N=248

    N=125

    Resposta sustentada12%24%*-
    Remissão sustentada4%8%*-
    Cicatrização da mucosa sustentada11%19%*-

    Remissão Clínica definida como escore Mayo ≤ 2 na ausência de subescore > 1.
    Resposta clínica definida como diminuição do valor basal no escore Mayo ≥ 3 pontos e ≥ 30% além de um decréscimo no subescore de sangramento retal [SSR] ≥ 1 ou um SSR absoluto de 0 ou 1.
    *p< 0,05 para Adalimumabe vs. Placebo em comparação pareada de proporção.
    **p< 0,001 para Adalimumabe vs. Placebo em comparação pareada de proporção.
    a Daqueles que recebiam corticosteroides no início do tratamento.

    Aproximadamente 40% dos pacientes do estudo UC-II apresentaram falha da terapia primeiro com o tratamento com anti-TNF infliximabe. A eficácia de Adalimumabe nestes pacientes foi reduzida, quando comparada com os pacientes que não tiveram um tratamento prévio com antiTNF. Entre estes pacientes que haviam falhado no tratamento previo com anti-TNF, a remissão foi alcançada na semana 52 por 3% no grupo placebo e 10% no grupo com Adalimumabe.

    Os pacientes dos estudos UC-I e UC-II tiveram a opção de continuar um estudo aberto de extensão de longo prazo (UC-III). Após três anos de tratamento com Adalimumabe, 74% (268/360) continuaram em remissão clínica por escore parcial Mayo.

    Qualidade de Vida:

    No estudo UC-II, uma melhora maior na nota total do questionário de doença específica para doença inflamatória intestinal (IBDQ) foi alcançada na semana 52 em pacientes randomizados para 160/80 mg de Adalimumabe comparado com placebo (p= 0,007).

    Psoríase em Placas

    A segurança e eficácia de Adalimumabe foram avaliadas em estudos duplo-cegos, randomizados, realizados em pacientes adultos com psoríase crônica em placas (envolvimento ≥ 10% BSA e Psoriasis Area and Severity Index (PASI) ≥ 12 ou ≥ 10) que eram candidatos a terapia sistêmica ou fototerapia. 73% dos pacientes envolvidos nos estudos de psoríase fase I e II receberam terapia sistêmica prévia ou fototerapia. A segurança e eficácia de Adalimumabe também foram avaliadas em estudos duplo-cegos, randomizados, realizado em pacientes adultos com psoríase crônica em placas moderada a grave com acometimento das mãos e/ou pés que eram candidatos a terapia sistêmica.27

    O Estudo I28 de Psoríase (M03-656) avaliou 1212 pacientes durante três períodos de tratamento. No período A, os pacientes receberam placebo ou Adalimumabe na dose inicial de 80 mg seguida por 40 mg em semanas alternadas começando na semana 1, após a dose inicial. Após 16 semanas de terapia, os pacientes que alcançaram pelo menos uma resposta PASI 75 (melhora da pontuação PASI de pelo menos 75% em relação à avaliação inicial), entraram no período B e receberam de forma aberta 40 mg de Adalimumabe em semanas alternadas. Os pacientes que mantiveram resposta PASI ≥75 na semana 33 e que haviam sido originariamente randomizados para terapia ativa no Período A, foram novamente randomizados no Período C para receber 40 mg Adalimumabe em semanas alternadas ou placebo por mais 19 semanas.

    Considerando os três grupos de tratamento, a pontuação PASI média, na avaliação inicial, foi de 18.9 e a Avaliação Médica Global (Physician’s Global Assessment - PGA) inicial variou de “moderada” (53% dos indivíduos incluídos), a “grave” (41%) e a “muito grave” (6%).

    O Estudo II29 de Psoríase (M04-716) comparou a eficácia e segurança de Adalimumabe com metotrexato (MTX) e placebo em 271 pacientes. Os pacientes receberam placebo, uma dose inicial de MTX de 7.5 mg e, posteriormente, a dose era aumentada até a semana 12, com a dose máxima de 25 mg ou uma dose inicial de 80 mg de Adalimumabe seguida por 40 mg em semanas alternadas (iniciando uma semana após a dose inicial) durante 16 semanas. Não existem dados disponíveis sobre a comparação de Adalimumabe e MTX para além de 16 semanas de tratamento. Os pacientes recebendo MTX que atingissem uma resposta PASI ≥ 50 na semana 8 e/ou 12 não recebiam futuros aumentos de dose. Considerando os três grupos de tratamento, a pontuação PASI média, na avaliação inicial, foi de 19.7 e a Avaliação Médica Global (Physician’s Global Assessment - PGA) inicial variou de “moderada” (48% dos indivíduos incluídos), a “grave” (46%) e a “muito grave” (6%).

    Pacientes dos Estudos de Psoríase de Fase II e III foram eleitos a participar de um estudo clínico de extensão aberto (M03-658), onde Adalimumabe foi administrado por pelo menos mais 108 semanas.

    Nos Estudo I28 e II29 de Psoríase, o desfecho primário foi a proporção de pacientes que atingiram uma resposta PASI 75 na semana 16, em relação à avaliação inicial (ver Tabelas O e P).

    Tabela O: Estudo I28 de Psoríase (REVEAL) - Resultados de Eficácia na Semana 16

    -Placebo
    N=398
    n (%)

    Adalimumabe 40 mg esa
    N=814
    %

    PASI ≥ 75a26 (6,5)578 (70,9)b
    PASI 1003 (0,8)163 (20)b
    PGA: Claro/mínimo17 (4,3)506 (62,2)b

    a A porcentagem de pacientes que atingiram resposta PASI 75 foi calulada como uma taxa centro ajustada.
    b p<0.001 Adalimumabe vs. Placebo.

    Tabela P: Estudo II29 de Psoríase (CHAMPION) - Resultados de Eficácia na Semana 16

    -Placebo
    N=53
    n (%)
    MTX
    N=110
    n (%)
    Adalimumabe 40 mg esa
    N=108
    n (%)
    PASI ≥ 7510 (18.9)39 (35.5)86 (79.6)a,b
    PASI 1001 (1.9)8 (7.3)18 (16.7)c,d
    PGA: Claro/mínimo6 (11,3)33 (30,0)79 (73,1)a,b

    a p<0.001 Adalimumabe vs. placebo.
    b p<0.001 Adalimumabe vs. MTX.
    c p<0.01 Adalimumabe vs. placebo.
    d p<0.05 Adalimumabe vs. MTX.

    Um total de 233 de pacientes que atingiram a resposta PASI 75 na semana 16 e na semana 33 receberam continuamente Adalimumabe por 52 semanas no Estudo I de Psoríase e continuaram com a terapia em um estudo de extensão aberto. Após administração adicional por mais 108 semanas (no total de 160 semanas), 74,7% dos pacientes atingiram a resposta PASI 75 e 59,0% dos pacientes atingiram a Avaliação Médica Global (Physician’s Global Assessment - PGA) com resposta mínima ou nenhuma. Já no Estudo II de Psoríase, dos 94 pacientes, 58,1% atingiram a resposta PASI 75 e 46,2% atingiram a Avaliação Médica Global (Physician’s Global Assessment - PGA) com resposta mínima ou sem psoríase.

    Um total de 347 pacientes estáveis e que responderam ao tratamento participaram de uma avaliação de retirada e retratamento em um estudo de extensão aberto. O tempo médio de recidiva (para PGA "moderado" ou pior) foi de aproximadamente 5 meses. Nenhum destes pacientes relatou efeito rebote durante o período de retirada. Um total de 76,5% (218/285) dos pacientes que iniciaram o período de retratamento obtiveram uma resposta da PGA "sem psoríase" ou "mínima", após 16 semanas de retratamento, independentemente de recaída durante a retirada [69,1% (123/178) e 88,8% (95/107) para pacientes que recaíram e que não recaíram durante o período de suspensão, respectivamente].

    Em um estudo de extensão aberto, para pacientes que tiveram a frequência de dose aumentada de 40 mg a cada 14 dias para 40 mg semanal devido a uma resposta PASI abaixo de 50%, 26,4% (92/349) e 37,8% (132/349) dos pacientes atingiram uma resposta PASI 75 nas semanas 12 e 24, respectivamente.

    Na semana 16 foram observadas melhoras estatisticamente significantes no Dermatology Life Quality Index (DLQI), em relação aos valores basais quando comparadas com placebo (Estudos I30 e II31) e MTX (Estudo II31). No Estudo I28 também foram evidenciadas melhoras no componente físico e mental da pontuação do SF-36 de forma estatisticamente significante, quando comparado ao placebo.

    Em pacientes com psoríase em placas em monoterapia com Adalimumabe a longo prazo que participaram de um estudo de retirada e de retratamento, a taxa de anticorpos de Adalimumabe após o retratamento (2,3%) foi semelhante à taxa observada antes da retirada (1,9%).

    O Estudo III27 de psoríase (REACH) comparou a eficácia e segurança de Adalimumabe versus placebo em 72 pacientes com psoríase em placas crônica moderada a grave e com psoríase nas mãos e/ou pés. Os pacientes receberam uma dose inicial de 80 mg de Adalimumabe seguido de 40 mg a cada duas semanas (começando uma semana após a dose inicial) ou placebo durante 16 semanas. Na semana 16, uma proporção estatísticamente significativa de pacientes que receberam Adalimumabe atingiram PGA de "claro" ou "quase claro" para as mãos e /ou pés em comparação com pacientes que receberam placebo (30,6% versus 4,3%, respectivamente [P = 0,014]).

    O Estudo IV na Psoríase comparou a eficácia e segurança de Adalimumabe versus placebo em 217 pacientes adultos com psoríase ungueal moderada a grave. Os pacientes receberam uma dose inicial de 80 mg de Adalimumabe seguida de 40 mg em semanas alteradas (uma semana após a dose inicial) ou placebo durante 26 semanas seguidas de um tratamento em fase aberta com Adalimumabe durante mais 26 semanas.

    Os pacientes do estudo tinham que ter psoríase em placas crônica de grau pelo menos moderado na escala PGA, comprometimento da unha de grau pelo menos moderado na Avaliação Médica Global da Psoríase Ungueal (PGA-F), um Índice de Gravidade da Psoríase Ungueal Modificado (mNAPSI) para a unha-alvo ≥ 8, e um envolvimento de BSA da pele de pelo menos 10% ou um envolvimento de BSA da pele de pelo menos 5% com uma pontuação mNAPSI total para todas as unhas ≥ 20.

    As avaliações da psoríase ungueal incluíram o Índice de Gravidade da Psoríase Ungueal Modificada (mNAPSI) e a Avaliação Médica Global de Psoríase Ungueal (PGA-F). Uma proporção estatistica e significativamente maior de pacientes no grupo Adalimumabe atingiram pelo menos 75% de melhora na mNAPSI (mNAPSI 75) e uma PGA-F de “claro” ou “mínimo” com pelo menos 2 pontos de melhora em relação ao basal na Semana 26 quando comparado com placebo. A melhora percentual no NAPSI foi estatística e significativamente maior em pacientes com Adalimumabe quando comparados com placebo na Semana 16 (44,2% vs. 7,8%) e na Semana 26 ( 56,2% vs 11,5%).

    Uma proporção estatística e significativamente maior de pacientes no grupo de Adalimumabe atingiram uma PGA-F de “claro” ou “mínimo” com pelo menos dois pontos de melhora a partir do baseline na Semana 26 quando comparado com placebo. Neste estudo, Adalimumabe demonstrou um tratamento benéfico para pacientes com psoríase ungueal com diferentes graus de envolvimento da pele (BSA ≥ 10% E BSA < 10% e ≥ 5%) e uma melhora estatistica e significativa em psoríase no couro cabeludo quando comparado com placebo.

    Tabela Q: Resultados de Eficácia na Semana 26

    Endpoint

    Placebo
    N = 108

    Adalimumabe 40 mg semanas alternadas
    N = 109

    ≥ mNAPSI 75 (%)3,446,6a
    PGA-F claro/ mínimo e ≥ 2 pontos de melhora em relação ao basal (%)6,948,9a

    a p< 0.001, Adalimumabe vs. Placebo.

    Os pacientes tratados com Adalimumabe mostraram uma melhora no Índice de Qualidade de Vida em Dermatologia (DLQI), na Semana 26, a partir da linha de base, quando comparados com o placebo. Entre aqueles pacientes que continuaram recebendo o tratamento com Adalimumabe até a Semana 52, as respostas mNAPSl 75 e PGA-F claro/ mínimo e > 2 pontos de melhora em relação ao basal foram mantidas.

    Entre aqueles pacientes que continuaram recebendo o tratamento com Adalimumabe até a Semana 52, 65,0 % atingiram resposta em mNAPSI 75 e 61,3% atingiram resposta em PGA-F claro/ mínimo e ≥ 2 pontos de melhora em relação ao basal.

    Hidradenite Supurativa

    A segurança e eficácia de Adalimumabe foi avaliada através de estudos placebocontrolado, duplo cego e um estudo aberto de extensão em pacientes adultos com hidradenite supurativa (HS) moderada a grave que foram intolerantes, contraindicados ou com uma resposta inadequada à terapia antibiótica sistêmica. Os pacientes nos estudos HS-I e HS-II tiveram Estágio de Hurley II ou III com no mínimo três abcessos ou nódulos inflamatórios.

    O estudo HS-I (M11-313) avaliou 307 pacientes em dois períodos de tratamento. No Período A, os pacientes receberam placebo ou Adalimumabe em uma dose inicial de 160 mg na Semana 0, 80 mg na Semana 2 e 40 mg a cada semana a partir da Semana 4 até a Semana 11. O uso concomitante de antibióticos não foi permitido durante o estudo. Após 12 semanas de tratamento, pacientes que receberam Adalimumabe no Período A foram randomizados novamente no Período B para um dos três grupos de tratamento (40 mg de Adalimumabe a cada semana, 40 mg de Adalimumabe em semanas alternadas ou placebo da Semana 12 à Semana 35). Os pacientes que foram randomizados para o placebo no Período A foram designados a receber 40 mg de Adalimumabe a cada semana no Período B.

    O estudo HS-II (M11-810) avaliou 326 pacientes em dois períodos de tratamento. No Período A, pacientes receberam placebo ou Adalimumabe em uma dose inicial de 160 mg na Semana 0, 80 mg na Semana 2 e 40 mg a cada semana a partir da Semana 4 até a Semana 11. 19.3% dos pacientes continuaram a terapia oral de base com antibióticos durante o estudo. Após 12 semanas de tratamento, pacientes que receberam Adalimumabe no Período A foram randomizados novamente no Período B para um dos três grupos de tratamento (40 mg de Adalimumabe a cada semana, 40 mg de Adalimumabe em semanas alternadas ou placebo da Semana 12 à Semana 35). Os pacientes que foram randomizados para o placebo no Período A foram designados a receber placebo no Período B.

    Os pacientes que participaram dos estudos HS-I e HS-II foram elegíveis para se inscrever em um estudo aberto de extensão no qual 40 mg de Adalimumabe foi administrado a cada semana. A exposição média em toda a população de Adalimumabe foi de 762 dias. Ao longo dos três estudos, os pacientes realizaram diariamente uma lavagem com antisséptico tópico.

    Resposta Clínica:

    A resposta clínica das lesões inflamatórias foi avaliada utilizando a Resposta Clínica de Hidradenite Supurativa (HiSCR: pelo menos uma redução de 50% na contagem total de abcessos e nódulos inflamatórios com nenhum aumento na contagem de abcessos e nenhum aumento na contagem de fístulas com relação ao baseline).

    A redução da dor na pele relacionada com a HS foi avaliada em pacientes que entraram no estudo com uma pontuação inicial de 03 ou mais utilizando uma Escala de Classificação Numérica de 11 pontos.

    Na Semana 12, um proporção significamente maior de pacientes tratados com Adalimumabe versus o placebo alcançaram a HiSCR. Na Semana 12, uma proporção significamente maior de pacientes no Estudo HS-II experimentaram uma diminuição clinicamente relevante da dor na pele relacionada com a HS (veja tabela a seguir). Os pacientes tratados com Adalimumabe apresentaram redução significativa no risco de agravamento da doença durante as primeiras 12 semanas de tratamento.

    Tabela R: Resultados de Eficácia na Semana 12 nos Estudos HS-I e HS-II

    DesfechoEstudo HS-IEstudo HS-II
    Placebo40 mg de Adalimumabe semanalmentePlacebo40 mg de Adalimumabe semanalmente
    Resposta Clínica de Hidradenite Supurativa (HiSCR)aN = 154
    40 (26,0%)
    N = 153
    64 (41,8%)*
    N = 163
    45 (27,6%)
    N = 163
    96 (58,9%)***
    Redução da dor > 30%bN = 109
    27 (24,8%)
    N = 122
    34 (27,9%)
    N = 111
    23 (20,7%)
    N = 105
    48 (45,7%)***

    *P < 0,05, ***P< 0,001 para Adalimumabe vs. Placebo.
    a Entre todos os pacientes randomizados.
    b Entre os pacientes com baseline de avaliação de dor na pele relacionada a HS > 3, baseado na Escala de Classificação Numérica de 0-10 onde 0 = sem dor cutânea e 10 =a pior dor cutânea imaginável.

    Entre os pacientes que foram randomizados para Adalimumabe com dose semanal contínua, a taxa de HiSCR global da Semana 12 foi mantida até a Semana 96. O tratamento à longo prazo com Adalimumabe 40 mg semanalmente por 96 semanas identificou novos achados de segurança.

    Melhorias mais significativas na Semana 12 do baseline comparado com o placebo foram demonstrados em: qualidade de vida relacionado à saúde específica da pele, medida pelo Índice de Qualidade de Vida em Dermatologia (DLQI; Estudos HS-I e HS-II); a satisfação global do paciente com o tratamento medida pelo Questionário de Satisfação do Tratamento com o Medicamento (TSQM; Estudos HS-I e HS-II) e a saúde física, conforme medida pelo resumo do componente físico SF-36 (Estudo HS-I).

    Uveíte

    A segurança e eficácia de Adalimumabe foram avaliadas em pacientes adultos com uveíte não infecciosa intermediária, posterior e pan-uveíte (também conhecida como uveíte não infecciosa que afeta o segmento posterior), excluindo os pacientes com uveíte anterior isolada, em dois estudos randomizados, duplo cegos, placebo-controlados (Estudo UV I (M10-877) e Estudo UV II (M10-880)). Os pacientes receberam placebo ou Adalimumabe em uma dose inicial de 80 mg seguidos de 40 mg a cada duas semanas iniciando-se na semana seguinte à dose inicial. Foram permitidas doses concomitantes estáveis de imunossupressores não biológicos. O desfecho primário de eficácia em ambos os estudos foi o tempo para a falha do tratamento.

    Seguindo o controle inicial da doença, um prolongamento no tempo para a falha do tratamento resultará na redução do risco de reaparecimento da inflamação, inflamação e perda de visão.

    A falha do tratamento foi definida por um resultado multi-componente baseado em novas lesões ativas inflamatórias (coreorretinite), grau celular da câmara anterior (AC), grau de turvação vítrea (VH) e melhor correção da acuidade visual (BCVA).

    O Estudo UV I avaliou 217 pacientes com uveíte ativa, apesar do tratamento com corticóides (prednisona oral com dose de 10 a 60 mg/dia). Todos os pacientes receberam uma dose padronizada de 60 mg/dia de prednisona no início do estudo seguidos por uma programação de redução obrigatória, até a completa descontinuação do corticoide na Semana 15.

    O Estudo UV II avaliou 226 pacientes com uveíte inativa que exigiam tratamento crônico com corticóides (prednisona oral de 10 a 35 mg/dia) no baseline para controle da sua doença. Os pacientes foram submetidos posteriormente a uma programação de redução obrigatória até a completa descontinuação do corticóide na Semana 19.

    Resposta Clínica:

    Os resultados de ambos os estudos demonstratam uma redução estatisticamente significante do risco de falha do tratamento em pacientes tratados com Adalimumabe versus os pacientes que receberam placebo (veja tabela S). Os dois estudos demonstraram um efeito rápido e sustentado de Adalimumabe na taxa de falha do tratamento versus placebo.

    Tabela S: Tempo para a Falha do Tratamento nos Estudos UV I e UV II

    Análise do tratamentoNFalha N (%)Média do tempo de falha (meses)HRaCI 95% para HRValor pb

    Tempo para Falha do Tratamento a partir da Semana 06 no Estudo UV I